Numa estação ferroviária: Sérgio Sant’Anna encontra Oswald e Mário de Andrade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2022.66252

Palavras-chave:

Sérgio Sant’Anna, Modernismo brasileiro, conto brasileiro contemporâneo.

Resumo

Propõe-se aqui a análise do conto “Um homem sozinho numa estação ferroviária”, de Sérgio Sant’Anna, pu- blicado originalmente em 1989 no livro A senhorita Simpson. Nele, Sant’Anna encena um encontro imaginário entre Oswald e Mário de Andrade ocorrido na década de 1920, em uma cidade do interior paulista, por oca- sião da inauguração de uma biblioteca pública. Com notável capacidade de síntese, o contista alcança explo- rar diferenças de personalidades entre os dois escritores paulistas, colocando também em perspectiva crítica dilemas enfrentados pelo Modernismo brasileiro, em especial a problemática em torno da incorporação das vanguardas europeias em um país marcado pela defasagem artística e pelo subdesenvolvimento econômico. Busca-se demostrar como Sant’Anna, por meio de sua aguda e sutil reflexão ficcional sobre o Modernismo, introduz uma leitura muito particular e uma tomada de posição, no que se refere aos destinos socioculturais do país em intenso diálogo com os legados de Oswald e Mário de Andrade.

Biografia do Autor

Pascoal Farinaccio, Universidade Federal Fluminense (UFF)

É doutor em Teoria e História Literária pela Unicamp, com pós-doutorado pela Università di Bologna. Professor de literatura brasileira na Universidade Federal Fluminense (UFF), publicou diversos artigos em revistas acadêmicas e os livros Serafim Ponte Grande e as Dificuldades da Crítica Literária (Ateliê Editorial, 2001), Oswald Glauber: Arte, Povo, Revolução (EdUFF, 2012) e A Casa, a Nostalgia e o Pó: A Significação dos Ambientes e das Coisas nas Imagens da Literatura e do Cinema: Lampedusa, Visconti e Cornélio Penna (Relicário Edições, 2019).

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Publicado

2022-11-08

Como Citar

Farinaccio, P. (2022). Numa estação ferroviária: Sérgio Sant’Anna encontra Oswald e Mário de Andrade. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 29(57), 537–548. https://doi.org/10.12957/matraga.2022.66252