A forma é o real: Flaubert lido por Baudelaire e Maupassant

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2021.58806

Palavras-chave:

Gustave Flaubert, Romance moderno, Realismo, Crítica literária.

Resumo

O romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert, quanto à sua influência, extrapola os limites de gêneros, épocas e movimentos literários e chega à contemporaneidade na posição de obra paradigmática tanto da inconversibilidade do real pela literatura quanto da irredutibilidade do literário a realidades pré-existentes. O objetivo deste artigo é mostrar que os escritores Charles Baudelaire e Guy de Maupassant ressaltam, em textos críticos sobre Madame Bovary, o formalismo e a impessoalidade da narrativa como recursos que instauram a imanência da obra e singularizam a pertença do autor à escola realista. O retorno a essas críticas pode lançar luz sobre experimentações estéticas posteriores em que a representação interroga o estatuto do documento e da referencialidade externa.

Biografia do Autor

Júnior Vilarino Pereira, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

É Professor Adjunto de Língua e Literatura Francesa da Universidade Federal de Viçosa, desde 2006. Possui Mestrado (2004) e Doutorado (2018) em Letras Neolatinas (Literaturas de Lín- gua Francesa) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com tese intitulada Corpos que (re) contam: o djinn e o queer na obra de Abdellah Taïa. Suas experiências de docência e pesquisa contemplam, sobretudo, a literatura francesa do século XIX, priorizando a investigação das poé- ticas da modernidade, bem como do romance contemporâneo de língua francesa. Os estudos homoeróticos e pós-coloniais também estão entre suas áreas de interesse.

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Publicado

2021-10-12

Como Citar

Pereira, J. V. (2021). A forma é o real: Flaubert lido por Baudelaire e Maupassant. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 28(54), 486–498. https://doi.org/10.12957/matraga.2021.58806

Edição

Seção

Estudos Literários