Limiares do literário: uma aproximação entre Llansol e Lispector
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2021.53309Palavras-chave:
Limiar, Imagem, Voz narrativa, Llansol, LispectorResumo
Embora a escrita seja um artefato humano que elide ou põe entre parênteses o sujeito, deparamo-nos com situações limítrofes que ao romperem os paradigmas dos gêneros da prosa – no caso aqui, a ficção e as formas confessionais –, revelam dilemas que instabilizam o discurso literário produzido pelo imaginário. Com o objetivo de observar o limiar desta instabilidade, o trabalho pretende revisitar a postulação de diferença entre o literário e o não-literário para refletir sobre as distinções entre narrativa (escrita do outro) e o diário (escrita de si). De modo resumido, a análise repousa em dois binômios — real vs. ficcional, eu vs. outro — que serão discutidos frente ao desafio de Blanchot ao sugerir um “lugar da imantação”, passagem que opõe narrativa ao diário. Na perspectiva de Peirce, a imagem é um hipo-ícone ou um quase-ícone que mantém com o real uma relação estreita de semelhança, que garante a sua independência em relação ao real e ao sujeito que supostamente lhe poderiam servir, respectivamente, de cenário prévio ou de suporte autoral. Em torno destes conceitos, pretende-se discutir a imagem como unidade mínima do “belo” e seu efeito do “novo”. O corpus principal de discussão contempla excertos da escrita de duas autoras, extraídos das obras Uma data em cada mão; Livro de Horas I da portuguesa Maria Gabriela Llansol e Um sopro de vida; Pulsações da naturalizada brasileira Clarice Lispector.
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