A facilidade do apagamento da história: ‘Orra’, a rasura da voz feminina e a tragédia na loucura
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2019.37608Palavras-chave:
Esquecimento, Joanna Baillie, teatro, século XIXResumo
A perversidade do século XIX vai além da simples definição do que é perverso no dicionário, a perversão de então estava no apagamento não somente da voz feminina, mas no apagamento do ato de ocultar os problemas da sociedade a serem discutidos na cena inglesa. Suprimir, esconder, tirar do palco as vozes que tinham o que dizer e eliminar o que poderia ser apresentado ao público a fim de faze-lo pensar. O teatro de Joanna Baillie tentou ser diferente enquanto argumentava que a mulher, isoladamente, não era suscetível ao medo supersticioso. Este artigo questiona o fato da peça Orra: A tragedy perfazer um caminho oposto ao defendido pela dramaturga em sua teoria da tragédia. No ato de enlouquecer ao final da peça, Orra, a mulher independente e forte de Baillie, se transforma na típica mulher fraca do século XIX e o apagamento acaba, por sua vez, sendo duplo, o da memória da dramaturga na história e o da sua personagem feminina.
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