O estudo do advérbio nas sentenças do português brasileiro

Autores

  • Glaucia do Carmo Xavier Instituto Federal de Minas Gerais
  • Arabie Bezri Hermont Pontifícia Universidade Católica
  • Isadora Pereira do Couto Instituto Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.12957/matraga.2018.32607

Palavras-chave:

Advérbio, Posição na sentença, Teoria Gerativa.

Resumo

Este artigo pretende demonstrar resultados de uma pesquisa que procurou investigar se o posicionamento do advérbio não é livre. Ancorado na Teoria Gerativa, este trabalho tem como hipótese que determinados advérbios ocupam, grande parte das vezes, posições fixas na sentença. Cinque (1999) e Rocha & Lopes (2015) são au­tores que fundamentam também o quadro teórico desta pesquisa e demonstram, de modos distintos, que determinados advérbios mantêm-se em posições fixas em sentenças. Outros advérbios, no entanto, não têm posição tão fixa. Esta pesquisa, por meio de análi­se de transcrição de falas reais, investigou e tabulou 548 advérbios presentes em diálogos de falantes nativos do português brasileiro e classificou dezoito tipos de advérbios e suas respectivas posições. O corpus foi construído a partir de gravações de aulas de uma es­cola privada, em Belo Horizonte, e trazido para esta investigação em uma abordagem qualitativa e quantitativa. Os resultados deste trabalho demonstraram que os advérbios, tradicionalmente tidos como termos acessórios da oração, podendo aparecer em diversas posições na sentença, nem sempre são livres e que determinados tipos de advérbios só se encontram em posições fixas na sentença.

Biografia do Autor

Glaucia do Carmo Xavier, Instituto Federal de Minas Gerais

Pós-doutoranda no departamento de Ciências da Linguagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) onde desenvolve pesquisa na área de Teoria Linguística voltada à Gramática Gerativa. Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela PUC-MG, mestre em Educação pela PUC-MG, possui duas especializações: Psicopedagogia Clínica e Psicopedagogia Institucional e é graduada em Letras pelo UNI-BH. É professora, em regime de dedicação exclusiva, de Língua Portuguesa e Literatura, no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), desde 2010. Atualmente leciona para Ensino Médio- técnico e Ensino Superior. Ao longo dos 18 anos como professora, atuou em diversos segmentos, desde a Educação Infantil à Pós-graduação Lato Sensu. É líder do grupo de pesquisa GEALI (Grupo de Estudos sobre Ensino e Aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura) que tem como foco temas de interesse do Ensino Médio. Coordena projeto de pesquisa sobre Tipologia Verbal, com financiamento externo (Fapemig), coordena projeto de pesquisa sobre advérbios, com bolsista PIBIC-JR, coordena projeto de extensão sobre Literatura Negra na sala de aula do Ensino Médio, com bolsistas PIBEX. É organizadora e autora de três obras, sendo uma delas sobre Teoria Gerativa e suas interfaces. Os principais interesses de pesquisa, em Linguística, voltam-se para a Teoria Gerativa e estudos sobre aspecto verbal, advérbios e tipologia verbal. Dedica-se também aos estudos sobre Literatura Negra, relações etnorraciais e de gênero, no Ensino Médio.

Arabie Bezri Hermont, Pontifícia Universidade Católica

Possui doutorado (2005) e mestrado (1999) em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e gra­duação em Letras (1997) e Comunicação Social (1989) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora do Programa de Pós­-Graduação em Letras e da Graduação em Letras e Pedagogia da Pontifí­cia Universidade Católica de Minas Gerais. É Professora do Departamen­to de Letras da PUC Minas, instituição na qual ministra disciplinas de graduação (no curso de Letras e de Pedagogia) e de pós-graduação (lato e stricto sensu). É coordenadora e pesquisadora do grupo de pesquisa “Es­tudos em Linguagem e Cognição” - ELINC. Conduz pesquisas e orienta alunos nas áreas de sintaxe, psicolinguística. É organizadora e autora de um dos capítulos do livro: “Linguagem e Cognição - Diferentes perspec­tivas” (Ed. PUC Minas) e do livro: “Gerativa: (inter)faces de uma teoria”.

Isadora Pereira do Couto, Instituto Federal de Minas Gerais

É bolsista de iniciação científica PIBIC-JR pelo programa institucional de bolsasdo Instituto Federal de Minas Gerais. Cursa o terceiro ano do ensino técno em Automação. tem exepriência em robótica, mecatrônica e automação.

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Publicado

2018-08-14

Como Citar

Xavier, G. do C., Hermont, A. B., & do Couto, I. P. (2018). O estudo do advérbio nas sentenças do português brasileiro. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 25(43), 69–88. https://doi.org/10.12957/matraga.2018.32607

Edição

Seção

Estudos Linguísticos