Construções clivadas no português do Brasil sob uma abordagem funcionalista
Palavras-chave:
construções clivadas, concordância número-pessoal e correlação modo-temporal, [± ativado] e conhecimento compartilhado, contraste.Resumo
Neste artigo, investigamos duas “famílias” das chamadas construções clivadas, aquela integrada pelas configurações similares às It-clefts do inglês, aqui rotulada de Clivada, com suas variantes (Construção É QUE, Construções QUE) e aquela constituída pelas chamadas Pseudoclivadas, equivalentes às Wh-clefts do inglês, com suas respectivas variantes (Pseudo Clivada Invertida, Pseudo Clivada Extraposta e Construção Foco Ser). Inicialmente, caracterizamos e exemplificamos as variantes, detalhando as questões relativas à concordância número-pessoal entre o constituinte clivado e o verbo copular e a correlação modo-temporal entre os predicados verbais que integram a sentença clivada. Os resultados para a análise segundo essas variáveis sugerem que as Construções QUE e as Construções FOCO SER constituem estruturas mais gramaticalizadas. A seguir, consideramos as questões relativas à distribuição de informação nessas construções. Mostramos que o referente do segmento clivado tende a constituir informação [+ ativada], tendência mais perceptível nas Construções QUE e nas Clivadas. As Pseudoclivadas destoam deste perfil e apresentam taxas quase iguais para referentes [+ativados] e [- ativados]. Mostramos que os referentes [-ativados] que ocorrem nas construções clivadas tendem a exprimir informação compartilhada pelos interlocutores. Por fim, defendemos que as variantes em análise divergem quanto à leitura de contraste que pode ser atribuída a elas.
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