A MEMÓRIA FICCIONALIZADA EM ‘HERANÇAS’ E ‘LEITE DERRAMADO’: RASTROS, APAGAMENTOS E NEGOCIAÇÕES
Resumo
Na produção contemporânea que pode ser lida como herdeira do romance histórico, admitindo ou não essa filiação, conjugam- se textualidades de extrações muito diversas. Nessa pluralidade, avulta a recorrência ao discurso memorialístico. Se a presença da memória é hoje reconhecida como condição da produção literária, no caso da ficcionalização do passado histórico seu dimensionamento apresenta particularidades em decorrência de diversas formas de trânsito: entre passado individual e passado coletivo, entre acontecimentos pessoais e acontecimentos sociais, entre o lembrado porque vivido e o lembrado a partir de relatos. Esta abordagem busca perceber rastros, apagamentos e negociações dos processos da memória ficcionalizados em Heranças (2008), de Silviano Santiago, e Leite derramado (2009), de Chico Buarque. A proposta é que a memória individual figurada nas duas obras pode ser lida como reverberação da memória coletiva da sociedade brasileira no período ficcionalizado.
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e-ISSN 2446-6905 | DOI: 10.12957/matraga
Matraga é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ:
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