A produção de uma enciclopédia do porvir: política linguística e projeção de uma disciplina
DOI:
https://doi.org/10.12957/matraga.2016.21225Palavras-chave:
Análise do Discurso, História das Ideias Linguísticas, História do Livro, INL, enciclopédias.Resumo
Enquadrado nos campos da Análise do Discurso, da História das Ideias Linguísticas e da História do Livro, este artigo aborda como o projeto de publicação de uma enciclopédia pelo Instituto Nacional do Livro, fundado no governo Getúlio Vargas para produzi-la, pode, mesmo sem o efetivo lançamento da obra, colocar em cena o discurso oficial não apenas sobre a língua, mas sobre os estudos linguísticos. Com base no documento Norma 32-3/11, intitulada Instruções Gerais para os verbetes de Linguística e Filologia (IGLF) e sem data (mas provavelmente escrita nos anos 1950), os verbetes relativos aos estudos da linguagem deveriam ter sido redigidos e publicados. Tal documento serviria como diretriz para a escrita enciclopédica, afirmando-se como as regras para a elaboração da primeira enciclopédia brasileira. Será possível vislumbrarmos, portanto, como um instrumento oficial, governamental brasileiro produzia a imagem dos estudos da linguagem no país, a começar pelo paralelismo entre Linguística e Filologia, duas disciplinas em relação de confronto e encontro até muito recentemente. Além disso, empreenderemos uma reflexão analítica sobre como as práticas de leitura estão atreladas à publicação de enciclopédias do Brasil império ao Estado Novo.
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http://dx.doi.org/10.12957/matraga.2016.21225
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