DA FRAGMENTAÇÃO DO DISCURSO E DA PALAVRA: A ESCRITA DELIRANTE DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES
Resumo
A escrita ficcional de António Lobo Antunes apresenta um estilo singular desde os primeiros romances publicados. Autor de quase três dezenas de obras, entre romances e crônicas, a sua ficção romanesca da chamada última fase caracteriza-se por apresentar uma escrita em fragmentos, marcada sobretudo pela quebra da linearidade discursiva, pela decomposição da palavra, pela inusitada pontuação, entre outros recursos. A inovação formal e a disposição gráfica de sua escrita provocam o efeito de estranhamento e a esse aspecto se somam ainda algumas marcas da estética pós-moderna como a polifonia, o discurso metaficcional, entre outros. A torção discursiva do estilo do autor constrói uma série de imagens em que abundam algumas figuras de palavras, como a comparação, a metáfora; figuras de pensamento, como a hipérbole; figuras de sintaxe e semântica como a hipálage, além de estribilhos (repetições), resultando em um discurso delirante e imagético.Nesse artigo, buscamos discutir algumas dessas características, associandoas a alguns dos seus romances, especialmente ao mais recente: Não é meia noite quem quer.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.
ISSN 1809-3507 | DOI: 10.12957/matraga
Palimpsesto é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ:
Indexado nas seguintes bases:
A Matraga utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.