A TECNOLOGIA EDUCACIONAL E O LETRAMENTO DIGITAL NA ESCOLA PÚBLICA: ALGUM ESTRANHO NO NINHO?

Autores

  • Lívia M.T. Rádis Baptista UFBa
  • Eliúde Costa Pereira

Palavras-chave:

Tecnologia educacional. Multiletramentos. Letramento digital.

Resumo

Os estudos sobre os letramentos têm apontado para a necessidade de redimensionamentos ontológicos e paradigmáticos quanto à compreensão das diversas práticas letradas e sua relação com os sujeitos na sociedade contemporânea e tal é o caso das práticas que envolvem as tecnologias e ambientes digitais no âmbito escolar. Assim, a fim de conhecer como o letramento digital vem sendo inserido nas práticas de linguagens, na educação básica, realizou-se uma investigação em uma escola pública, que oferta o Ensino Médio. Tratou-se de um estudo de caso, em que examinou a relação entre diferentes contextos condicionantes da inserção do letramento digital: o prescritivo e orientativo; o das condições físicas; o da formação docente; e, por fim, o das práticas. Como fundamentação teórica, o trabalho se embasou, principalmente, nas contribuições dos Novos Estudos do Letramento (PAHL & ROWSELL, 2012), no pressuposto do letramento como prática social (STREET, 1984, 2003; LANKSHEAR & KNOBEL, 2006, 2011) bem como na proposta da pedagogia dos multiletramentos (CAZDEN et al., 1996; ROJO, 2009, 2012), em especial, quanto à concepção de letramento digital (MARTIN, 2008). No presente trabalho, confrontamos dois dos contextos citados, a saber, o prescritivo e orientativo e o das práticas e a análise permitiu observar os seguintes aspectos: a falta de sintonia entre esses contextos; a inclusão mínima do letramento digital, no currículo escolar; a inserção ainda incipiente e pontual desse letramento nas práticas, além de estas não considerarem as experiências sociodiscursivas e interacionais dos alunos exteriores à escola.

Biografia do Autor

Lívia M.T. Rádis Baptista, UFBa

Professora Associada I do Curso de Letras da UFBA. Pós-doutora pela Universidade Pompeu Fabra, Doutora em Linguística (Unicamp) e Mestre em Letras e em Educação (USP). Integra o Programa de Pós-Graduação em Linguística e no Profletras da UFC. Atua nas áreas de Linguística e Linguística Aplicada, com ênfase em questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de línguas, multiletramentos, representações, identidades e léxico. Tem produção didática e científica nessas áreas.

Eliúde Costa Pereira

Licenciado em Letras (UFMA), com especialização em Linguística do Texto e em Docência do Ensino Superior (UFRJ) e mestre e doutor em Linguística (UFC). Atua há duas décadas como docente de Língua Portuguesa, no Ensino Médio. Na educação superior, exerceu a docência em diversas disciplinas do curso de Letras (Faculdade Atenas Maranhense - FAMA) e colabora nos cursos de Pós-Graduação Latu Sensu do Instituto de Ensino Superior Franciscano (IESF/MA).

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Publicado

2015-07-30

Como Citar

Baptista, L. M. R., & Pereira, E. C. (2015). A TECNOLOGIA EDUCACIONAL E O LETRAMENTO DIGITAL NA ESCOLA PÚBLICA: ALGUM ESTRANHO NO NINHO?. Matraga - Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Letras Da UERJ, 22(36). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/matraga/article/view/17048