Tango, Samba e Identidades Nacionais: Semelhanças e Diferenças nos Mitos Fundadores de “Mi Noche Triste” e “Pelo Telefone"

Autores

  • Ronaldo George Helal
  • Hugo Rodolfo Lovisolo

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2010.867

Palavras-chave:

Tango, samba, identidades nacionais

Resumo

É nosso objetivo, neste artigo, iniciar uma análise comparativa entre a dimensão simbólica do tango e do samba entendidos como fenômenos usados na “construção” das identidades na Argentina e no Brasil. Para isso tomaremos como ponto de partida os momentos considerados fundamentais na história “oficial” dos gêneros musicais: as respectivas inaugurações do samba canção e do tango canção que foram as canções “Pelo Telefone” e “Mi Noche Triste. Tango e samba são gêneros musicais que construíram, na Argentina e no Brasil, uma dimensão significativa das respectivas identidades nacionais. Os dois dividem três importantes características desde a origem: a) surgem nas camadas marginais ou populares da sociedade, quer dizer, emergem da periferia ou desde as camadas baixas da sociedade e ascendem aos estratos mais refinados e, praticamente, b) no mesmo período histórico e, por último, c) estão relacionados à cidades que eram, ou, ainda são capitais de países e que, de forma distinta, lidavam, no começo do século XX com problemas de unidade e identidade nacional.Um forte elemento que funciona como atração para vincular ambos os gêneros é uma data: 1917. As datas oficiais da criação do tango canção e do samba canção nos remetem sempre a este ano. Mas além da coincidência histórica, que pode ser imprecisa, os significados são distintos e confluem em nossa hipótese

Biografia do Autor

Ronaldo George Helal

Possui graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1980), graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), mestrado em Sociologia - New York University (1986) e doutorado em Sociologia - New York University (1994). É Pós-Doutor em Ciencias Sociais pela Universidad de Buenos Aires (2006). Foi vice-diretor da Faculdade de Comunicação Social da Uerj (2000-2004) e coordenador do PPGCOM/Uerj (2002-2004). Atualmente é chefe do Departamento de Teoria da Comunicação da FCS/Uerj e membro eleito do Consultivo da Sub-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Uerj. Em 2008 concuiu o curso de Especialização "Tango: genealogía política e historia" ministrado pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - FLACSO. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria da Comunicação e Sociologia do Esporte, atuando principalmente nos seguintes temas: midia, idolatria, esporte, futebol, identidade nacional e cultura brasileira. Publicou 4 livros e mais de 50 artigos em capítulos de livros e em revistas acadêmicas da área, no Brasil e no exterior.

Hugo Rodolfo Lovisolo

possui graduação em Sociologia - Universidad de Buenos Aires (1969), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987). Pós-doutorado em Ciências dos Esportes pela Universidade do Porto. Atualmente é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Comunicação Social, Departamento de Teoria e desempenha o cargo de Vice-diretor da Unidade. Tem experiência na área de antropologia e sociologia da ciência, educação, educação física, ciências dos esportes. Atualmente atua principalmente nos seguintes temas: comunicação e jornalismo esportivo, comunicação e educação, educação física, esporte

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Publicado

2010-09-22

Como Citar

Helal, R. G., & Lovisolo, H. R. (2010). Tango, Samba e Identidades Nacionais: Semelhanças e Diferenças nos Mitos Fundadores de “Mi Noche Triste” e “Pelo Telefone". Logos, 17(2), 165–175. https://doi.org/10.12957/logos.2010.867

Edição

Seção

Temas Livres