“I am done”: violência sexual, testemunho e reparação em ‘Hysterical Girl’

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2021.62594

Palavras-chave:

temporalidade, arquivo, testemunho

Resumo

Realizamos uma leitura do documentário em curta-metragem Hysterical Girl (Kate Novack, 2020) com o objetivo de investigar os modos pelos quais a desarticulação da linearidade temporal e do diacronismo no audiovisual, por meio da linguagem, pode provocar fissuras em narrativas patriarcais, promover certo tipo de denúncia e ao mesmo tempo reparação de violências. Partimos de uma perspectiva feminista do audiovisual e do arquivo, que demanda processos de re-visão em busca de um novo olhar crítico, e nos debruçamos sobre duas estratégias cinemáticas empregadas no filme, a montagem e o off. Concluímos que o jogo da montagem, privilegiando o arquivo, o repertório e os discursos, cria um espaço testemunhal para a verdade de Dora, usurpada por Freud, e a restitui simbolicamente.

Biografia do Autor

Karina Gomes Barbosa, Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

Professora do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Doutora em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB).

Carlos Magno Camargos Mendonça, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professor do Departamento de Comunicação Social e professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

Downloads

Publicado

2022-02-22

Como Citar

Gomes Barbosa, K., & Camargos Mendonça, C. M. (2022). “I am done”: violência sexual, testemunho e reparação em ‘Hysterical Girl’. Logos, 28(3), 107. https://doi.org/10.12957/logos.2021.62594

Edição

Seção

Dossiê 'Espessuras Temporais da Comunicação: transformações, resistências, arcaísmos, lutas'