Escândalo como narrativa útil: repensando a relação entre jornalismo e democracia

Autores

  • Clara BEZERRIL Câmara Universidade Federal Fluminense
  • Seane Melo

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2018.37082

Palavras-chave:

Jornalismo, Escândalos políticos, Democracia.

Resumo

Este trabalho discute o escândalo político como um recurso narrativo de autoridade no jornalismo. Para tal, argumenta-se que os escândalos políticos têm sido uma ferramenta imprescindível no jornalismo para legitimar o seu lugar institucional de accountability e de reforço da norma democrática, e que reconhecer essa utilidade dos escândalos para o jornalismo pode ser um caminho promissor de análise. Nesse sentido, este artigo apresenta alguns indícios da naturalização da associação entre a publicização de escândalos e o compromisso democrático que o jornalismo autoproclama exercer. Esses indícios de naturalização são apontados, principalmente, a partir de um emblemático escândalo da década de 1950 e de trabalhos acadêmicos voltados para o estudo do jornalismo. A pretensão é ampliar as possibilidades de análise em torno da publicização do escândalo político no jornalismo.

Biografia do Autor

Clara BEZERRIL Câmara, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM-UFF). Membro do grupo de pesquisa Mídia, democracia e instituições políticas - Lamide. E-mail: clarabcamara@gmail.com

Seane Melo

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM-UFF), Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) E-mail: seanemelo@gmail.com

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Publicado

2019-02-28

Como Citar

Câmara, C. B., & Melo, S. (2019). Escândalo como narrativa útil: repensando a relação entre jornalismo e democracia. Logos, 25(2), 166. https://doi.org/10.12957/logos.2018.37082