A liderança carismática exercida pelas novas líderes pentecostais femininas de Nova Iguaçu: um diálogo com Charles Lindholm.

Autores

  • Janine Targino da Silva

DOI:

https://doi.org/10.12957/intratextos.2010.415

Palavras-chave:

Carisma, Liderança Feminina, Liderança Religiosa, Novos Movimentos Pentecostais

Resumo

Seguindo as elaborações teóricas weberianas sobre o carisma, Charles Lindholm desenvolve em seu livro “Carisma: êxtase e perda de identidade na veneração ao líder” um estudo detalhado sobre aquilo que classifica como liderança carismática. Através da análise dos perfis de personalidades polêmicas do século XX, tais como Adolf Hitler, Charles Manson e Jim Jones, Lindholm descreve com bastante propriedade o que vem a ser o carisma e os reflexos do mesmo nas relações entre líderes e liderados. Da mesma forma que Max Weber, este autor trabalha com a idéia de que o carisma trata-se de um conjunto de qualidades extracotidianas em virtude das quais são atribuídos a uma pessoa poderes ou atributos sobrenaturais, sobre-humanos ou extraordinários. Além disso, Lindholm conclui que o carisma torna a pessoa capaz de envolver emocionalmente outros indivíduos. Para Lindholm, o indivíduo carismático geralmente possui a capacidade de atrair discípulos, uma vez que o carisma confere magnetismo ao líder. Em diálogo direto com Lindholm, esta comunicação pretende analisar o surgimento de novas lideranças pentecostais femininas em Nova Iguaçu, município integrante da Baixada Fluminense. Nossa principal hipótese é de que, da mesma forma que a liderança carismática retratada por Lindholm, estas mulheres exercem a liderança religiosa pautadas no envolvimento emocional suscitado entre elas e seus seguidores. Os dados analisados nesta comunicação são provenientes de pesquisa de campo e de entrevistas feitas com as líderes e seus seguidores.

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Publicado

2010-04-17

Como Citar

Targino da Silva, J. (2010). A liderança carismática exercida pelas novas líderes pentecostais femininas de Nova Iguaçu: um diálogo com Charles Lindholm. Revista Intratextos, 1, 151–168. https://doi.org/10.12957/intratextos.2010.415