Disjunções dos processos de patrimonialização: identidades negras em territórios etnográficos

Autores

  • Luana Carla Martins Campos Akinruli Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)
  • Samuel Ayobami Akinruli Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)

DOI:

https://doi.org/10.12957/intratextos.2018.34056

Palavras-chave:

Patrimônio Cultutal, Identidade, Negritude

Resumo

O olhar etnográfico, registrado em instantes de manifestações transcorridas nas ruas, trazem luz o protagonismo da coletividade que tem consciência do seu lugar na sociedade, nas lutas cotidianas para poder se manifestar, permanecer, sobreviver, viver, ser. Entre Folias e Cavalhadas, os Reinados de Divinópolis, Carmo do Cajuru e São Gonçalo do Pará, e as Congadas e Moçambiques de São Sebastião do Paraíso, Pratápolis, Itaú de Minas e Passos; tornam híbridas expressões de catolicismo popular e de religiosidades negras, que se agregam pela força da fé em performances rituais.

Cunha-se, nesta seara de falar com outro, não somente sobre o outro, a ponte entre a teoria antropológica e seus campos conexos, tendo a etnografia e o patrimônio cultural campos profícuos. O deslocamento do eixo promove a busca por outro balanço entre aquilo que é relevante e estruturante para o grupo etnografado. A polifonia passa a ser para além de uma experiência, é a gênese, o modelo de narrativa, o paradigma de construção do conhecimento.

Biografia do Autor

Luana Carla Martins Campos Akinruli, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)

É co-fundadora do Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD) e coordenadora de projetos da mesma instituição. É doutoranda em Antropologia na Linha de Pesquisa Arqueologia do Mundo Moderno e Contemporâneo (UFMG), mestra em História pela Linha História Social da Cultura (UFMG) e licenciada em História (UFMG), com formação complementar em Antropologia e Arqueologia (UFMG). Atua em pesquisas versando sobre o patrimônio cultural, tendo realizado diversas consultorias e assessorias técnicas nos campos do patrimônio material e imaterial. Possui experiência em pesquisas relacionadas à arqueologia histórica, antropologia, comunidades tradicionais e histórica cultural baseando-se em investigações etnográficas e pesquisa de campo. É também educadora dedicada a trabalhos no campo da educação patrimonial, formação de professores e confecção de materiais didáticos, além de temas relacionados à cultura africana e afro-brasileira, além de também desenvolver pesquisas relacionadas ao trato com fontes iconográficas com destaque para a cultura visual e história da fotografia.

Samuel Ayobami Akinruli, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD)

É doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UFMG/2018) pela linha de pesquisa Memória Social, Patrimônio e Produção do Conhecimento (PPGCI/UFMG). Possui mestrado em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/2014); especialização em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais / Geoprocessamento (UFMG/2017); bacharelado em Ciências Econômicas pela Lagos State University (Nigéria/2006), diploma reconhecido/revalidado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/2015). É co-fundador do Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural (INSOD) com sede em Belo Horizonte/MG/Brasil, instituição no qual é presidente e gestor de inovação, sendo também filiado ao Conselho Regional de Economia (CORECON-MG). Desenvolve pesquisas relacionadas aos diagnósticos do patrimônio cultural por meio de curadorias, inventários, tombamentos, registros, planos e ações de salvaguarda, cartografia histórica e geoprocessamento. Desenvolve trabalhos e pesquisas relacionados aos registros audiovisuais (fotografia e vídeo), especialmente por meio de ações baseadas na metodologia da etnografia. Outros trabalhos comerciais no campo da cultura visual podem ser vislumbrados com sua assinatura por meio da produtora Anil Imagens, na qual atua em registros audiovisuais (fotografia e vídeo) de eventos culturais como festivais, exposições, manifestações culturais, espetáculos, casamentos, dentre outros. Desenvolve, ainda, investigações relacionadas à sua matriz étnica africana, a cultura Yorùbá, com diversas pesquisas de caráter sócio-histórico e antropológico e ações relacionadas aos campos da cultura, linguística, música, teatro, artes e educação. É músico multi-instrumentista (piano, saxofone, flauta, trompete, percussões, canto), além de atuar como arranjador e compositor. Tem experiência na área de Economia com foco em gestão, ênfase em propriedade intelectual, inovação tecnológica e social, processos de patentes, sustentabilidade e inovação, empreendedorismo e inclusão social.

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Publicado

2018-07-30

Como Citar

Akinruli, L. C. M. C., & Akinruli, S. A. (2018). Disjunções dos processos de patrimonialização: identidades negras em territórios etnográficos. Revista Intratextos, 9(1), 196–204. https://doi.org/10.12957/intratextos.2018.34056

Edição

Seção

Em Negativo