Tönnies e seu paradoxo criativo: um mandarim outsider
DOI:
https://doi.org/10.12957/intratextos.2009.220Palavras-chave:
Teoria sociológica clássica, comunidade, marxismo, Tönnies, Simmel, Weber.Resumo
Resumo: Em contraste às leituras que, apressadamente, caracterizam Ferdinand Tönnies como um ingênuo e anacrônico defensor dos antigos valores do conservadorismo, este artigo defende que Tönnies é um dos realizadores do ‘paradoxo criativo’ que, segundo Robert Nisbet, tanta força analítica pode conceder à sociologia clássica. Deste modo, buscamos discutir a interessante e complexa interpenetração de perspectivas conservadoras e modernas, observadas na obra de Tönnies, destacando pontos comumente negligenciados, tais quais: a concepção de ciência de Tönnies, suas apropriações do marxismo e suas posições políticas que o tornavam singular em meio à classe intelectual alemã da época. Ademais, procuramos explicitar continuidades e diálogos existentes entre a obra de Tönnies e as obras de seus alunos mais brilhantes: Max Weber, Georg Simmel e Georg Lukács.
Palavras-chave: Teoria sociológica clássica; comunidade; marxismo; Tönnies; Simmel; Weber.
Abstract: In contrast to those who, carelessly, take Ferdinand Tönnies for a naive and obsolete defender of the old conservator values, this article argues that Tönnies carries out the ‘creative paradox’ which, according to Nisbet, has guaranteed so much analytical power to the classical sociology. Within this interpretation frame, we aim, at discussing the complex interplay of both old and modern perspectives on the work of Tönnies, to highligh some issues, often forgotten, such as: his conception of sciences, his acceptiance of some Marxist ideas and his political behavior which made him singular within the German intellectual class of his times. Moreover, we attempt to expose some of the continuities and dialogues between his work and the works of his three most valuable students: Max Weber, Georg Simmel and Georg Lukács.
Keywords: Classical Sociology Theory; community; Marxism; Tönnies; Simmel; Weber.
Résumé: En contrastant avec des lectures qui, précipitamment, caractérisent Ferdinand Tönnies comme un ingénu et un anachronique défenseur des anciennes valeurs du conservatisme, cet article défend que Tönnies est un des producteurs de la “paradoxe creative” que, d’aprés Robert Nisbet, peut accorder de grande force analytique à la sociologie classique. De cette façon, nous cherchons à discuter l'intéressante et complexe interpénétration de perspectives conservatrices et modernes, observées dans l'oeuvre de Tönnies, en détachant des points communément négligés, tels quels : la conception de science de Tönnies, leurs appropriations du marxisme et leurs positions politiques qui lui faisaient singulier dans la classe intellectuelle allemande à l’époque. De plus, nous cherchons à expliciter à des continuités et des dialogues existants entre l'oeuvre de Tönnies et les oeuvres de leurs élèves plus brillants : Max Weber, Georg Simmel et Georg Lukács.
Mots-clés: Théorie sociologique classique; communauté; marxisme; Tönnies; Simmel; Weber.
