Ginecologia e colonialidade: intersecções de raça e sexualidade

Autores

  • Nádia Elisa Meinerz Universidade Federal de Alagoas
  • Jhulia Nelly Dos Santos University of Bristol

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2022.73135

Palavras-chave:

ginecologia, colonialidade de gênero, heterossexualidade compulsória, racismo

Resumo

Este artigo desenvolve reflexões sobre as relações de poder que constituem a prática ginecológica institucional, com foco nas conexões entre colonialismo, raça e sexualidade. A partir de publicações que abordam a história da ginecologia como especialidade médica, resgatamos as formas de experimentação nos corpos de mulheres negras, escravizadas e ex-escravizadas. Através de pesquisas sobre saúde materno-infantil que exploram a dimensão da raça, observamos a reprodução das iniquidades no campo da atenção à saúde. E por meio da aproximação com a literatura sobre saúde das mulheres lésbicas e bissexuais, problematizamos a heterossexualidade compulsória inerente às rotinas e aos protocolos técnicos da clínica ginecológica. Considerando a racialização e heterossexualidade compulsória como aspectos constitutivos da colonialidade de gênero, apresentamos um cruzamento analítico entre dados empíricos sobre movimentações sociais contemporâneas que interpelam a ginecologia institucional, protagonizados por mulheres lésbicas e por ativistas da Ginecologia Natural no Brasil. 

Biografia do Autor

Nádia Elisa Meinerz, Universidade Federal de Alagoas

Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Alagoas.

Jhulia Nelly Dos Santos, University of Bristol

Mestra em Saúde Pública pelo Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz Pernambuco. Atualmente cursa o MSc Public Health na University of Bristol. 

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Publicado

2023-02-10

Como Citar

Meinerz, N. E., & Nelly Dos Santos, J. (2023). Ginecologia e colonialidade: intersecções de raça e sexualidade. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 24(3). https://doi.org/10.12957/irei.2022.73135