Planejando rotas de fuga: uma autoetnografia dos desafios da humanização do parto no ambiente hospitalar em Maceió – AL
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2022.73134Palavras-chave:
violência obstétrica, parto, autoetnografia, humanização do partoResumo
No Brasil estima-se que 98% dos nascimentos ocorrem em ambiente hospitalar. Embora o movimento de humanização do parto tenha ganhado terreno na assistência ao parto domiciliar, o cenário é distinto quando falamos do parto hospitalar, pois é justamente no ambiente hospitalar que são produzidas as alarmantes taxas de cesarianas (80% no setor privado e 35% no setor público) e altos índices de intervenção. Este artigo busca, a partir de uma reflexão autoetnográfica, situar o cenário de atendimento ao parto hospitalar em Maceió – AL. O planejamento do parto, do pré-natal, contato com obstetras, enfermeiras e doulas até seu desfecho serão aproximados com a construção de uma rota de fuga num cenário hostil. A autoetnografia desafia aspectos formais do modo como construímos nosso lugar de fala como pesquisadoras e permite explorar a partir de uma vivência pessoal a emoção e da catarse como parte intrínseca à pesquisa social. Não silenciar a violência é tomado aqui como uma ferramenta para pensar alguns dos desafios da adesão às boas práticas e elaboração de uma crítica transformadora da assistência ao parto.
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