O lugar da História no consumo do chamado patrimônio histórico

Autores

  • Urpi Montoya Uriarte Universidade Federal da Bahia

Resumo

Costuma-se dizer que é preciso conservar o patrimônio histórico porque ele mantém viva a memória e a identidade de um povo e, assim, torna-se uma forma de instruir as novas gerações sobre um tempo que é necessário não esquecer. A questão é: que tempo? Realizamos uma pesquisa, com grupos de visitantes do centro histórico de Salvador – Pelourinho –, que consistiu em acompanhar suas visitas, escutar os discursos dos guias, anotar seus comentários e conversar com eles, além de termos aplicado 62 questionários. Os resultados foram: poucos visitantes realmente se interessam pela história do local, estando em sua grande maioria mais interessados em desfrutar de experiências hedônicas ou contemplar esteticamente o local. Concluímos, assim, que qualquer política do patrimônio que pretenda conservá-lo com a finalidade de transmitir a memória terá de pensar em estratégias para que os centros históricos (vivos) não se confundam com museus, não simplifiquem seu presente nem reduzam o espaço a fachadas cujos sentidos históricos não são buscados, muito menos entendidos.

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Publicado

2012-06-01

Como Citar

MONTOYA URIARTE, Urpi. O lugar da História no consumo do chamado patrimônio histórico. Interseções: Revista de Estudos Interdisciplinares, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, 2012. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intersecoes/article/view/5766. Acesso em: 10 maio. 2025.