O lugar da História no consumo do chamado patrimônio histórico

Urpi Montoya Uriarte

Resumo


Costuma-se dizer que é preciso conservar o patrimônio histórico porque ele mantém viva a memória e a identidade de um povo e, assim, torna-se uma forma de instruir as novas gerações sobre um tempo que é necessário não esquecer. A questão é: que tempo? Realizamos uma pesquisa, com grupos de visitantes do centro histórico de Salvador – Pelourinho –, que consistiu em acompanhar suas visitas, escutar os discursos dos guias, anotar seus comentários e conversar com eles, além de termos aplicado 62 questionários. Os resultados foram: poucos visitantes realmente se interessam pela história do local, estando em sua grande maioria mais interessados em desfrutar de experiências hedônicas ou contemplar esteticamente o local. Concluímos, assim, que qualquer política do patrimônio que pretenda conservá-lo com a finalidade de transmitir a memória terá de pensar em estratégias para que os centros históricos (vivos) não se confundam com museus, não simplifiquem seu presente nem reduzam o espaço a fachadas cujos sentidos históricos não são buscados, muito menos entendidos.

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