Urbanismo militar na "região olímpica": dinâmicas de produção do espaço para além dos megaeventos

Autores

  • Frank Andrew Davies Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2020.54486

Palavras-chave:

Urbanismo militar. Produção do espaço. Conflitos urbanos.

Resumo

Este artigo explora parte dos resultados da investigação de doutorado realizada pelo autor dedicada às formas de governo e situações de disputa na preparação de Deodoro como uma das "regiões olímpicas" para os Jogos de 2016 sediados no Rio de Janeiro. Entre outras características, a localidade é marcada por intensa e dispersa presença das organizações do Exército Brasileiro, condensando ali o maior aquartelamento da América Latina. Em anos que antecederam o torneio, a proposta de criação de um "parque verde" em Realengo sob iniciativa de moradores organizados foi inviabilizada pelo comando militar responsável pela área pretendida, que, ao invés disso, apresentou um projeto de condomínio residencial a ser construído e vendido por fundação e bancos privados ligados ao Exército e geridos por superiores da corporação. De general para general, mudanças e disputas em torno do terreno revelaram dinâmicas possíveis de produção do espaço no contexto dos megaeventos, e que para além dele constituem parte da vida política brasileira contemporânea, marcada pela participação cada vez maior de agentes militares em posições de liderança na administração estatal.

Biografia do Autor

Frank Andrew Davies, Universidade Estadual do Ceará

Professor da Universidade Estadual do Ceará

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Publicado

2020-09-18

Como Citar

Andrew Davies, F. (2020). Urbanismo militar na "região olímpica": dinâmicas de produção do espaço para além dos megaeventos. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 22(2). https://doi.org/10.12957/irei.2020.54486

Edição

Seção

Dossiê Megaeventos e seus legados