Pensadores da libertação: aproximações entre José Martí e José Enrique Rodó
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2019.47260Palavras-chave:
José Martí. José Enrique Rodó. América Latina. Pensamento latino-americano.Resumo
O cubano José Martí (1853-1895) e o uruguaio José Enrique Rodó (1871-1917) fariam parte de um terceiro momento da história do pensamento latino-americano, denominado por Leopoldo Zea “filosofia da libertação”. Diferentemente do primeiro período, dos “românticos”, e do segundo, dos positivistas “construtores de uma nova ordem”, nesse terceiro momento haveria uma preocupação com a formação de uma consciência coletiva nacionalista e anti-imperialista diante do fortalecimento norte-americano. Tanto Rodó quanto Martí foram influentes em seu tempo, mas também o transcenderam ao analisarem nas particularidades latino-americanas as formas de romper com a dominação presente na região. De acordo com essa proposta interpretativa, este artigo buscou comparar as elaborações de ambos os autores, especialmente no tocante à construção de uma identidade latina e de uma oposição aos Estados Unidos. Inicialmente, foram retomados os três momentos propostos por Leopoldo Zea para o pensamento latino-americano, a fim de compreendermos os debates nos quais Martí e Rodó estavam inseridos. Em seguida, analisaram-se as especificidades das trajetórias dos autores em seus países de origem, assim como os contextos específicos de produção e recepção de suas obras. Posteriormente, examinou-se de que maneira a identidade latino-americana foi construída pelos autores, na defesa de uma América “Nuestra” em oposição a uma América “outra”ou “anglo-saxã”. Por fim, comparou-se o tipo de perigo representado pelos Estados Unidos para ambos os autores, assim como as soluções propostas para a libertação do subcontinente.
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