Saúde e doença em aldeias Guarani: lidando com emoções

Autores

  • Elizabeth Pissolato Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2019.47255

Palavras-chave:

Guarani. Parentesco. Emoções. Saúde-doença.

Resumo

Este artigo toma por base a etnografia contemporânea sobre grupos Guarani e propõe uma abordagem das relações de parentesco e das emoções nos termos de constantes e complexas negociações intersubjetivas voltadas à produção de saúde e do estado referido como “estar alegre” (-vy’ a). A ética do cuidado entre parentes define-se aqui pela produção de bembem-estar e disponibilização de habilidades de cura e evitação de processos agressivos (doença). Por outro lado, a lida com as emoções conecta-se diretamente com práticas de mudança residencial adotadas pelas pessoas quando não se sentem mais “alegres” ou suspeitam de agressões originadas no contexto em que vivem. Um jogo complexo que articula a percepção sobre as próprias aflições e impressões ou suspeitas quanto aos sentimentos e disposições de  outras pessoas entra em cena, permitindo-nos uma abordagem das emoções como “estados intersubjetivos”, mas
também com implicações éticas e inscritas no social.

Biografia do Autor

Elizabeth Pissolato, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSO) e Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

Pissolato, E. (2019). Saúde e doença em aldeias Guarani: lidando com emoções. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 21(3). https://doi.org/10.12957/irei.2019.47255