As ima[r]gens Pankararu: campo e contracampo na pesquisa em etnicidade

Autores

  • Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2019.44209

Palavras-chave:

Etnografia. Documentário. Etnicidade.

Resumo

A gestão da visibilidade social de povos indígenas é atualmente uma das principais problemáticas no campo de etnicidade. Para legitimar sua condição étnica, os indígenas tensionam estereótipos e preconceitos. Para o pesquisador é sempre um desafio instrumentalizar conceitualmente essas tensões e descreve-las etnograficamente. A partir de um insight do cineasta Jean-Luc Godard sobre o funcionamento diferencial e hierárquico da linguagem cinematográfica (campo e contracampo), relaciono o documentário “Pankararu de Brejo dos Padres” (1977), de Vladmir Carvalho, com o primeiro ensaio etnofotográfico que realizei com esse grupo indígena na cidade de São Paulo, em 2008. Seguindo a proposta de Clifford de uma etnografia surrealista, demonstro a possiblidade pluralista e contrahegemônica que etnografias de contextos semelhantes podem representar.

Biografia do Autor

Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) e do Programa de Pós-Graduação em História da Arte (PPGHA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Publicado

2019-07-29

Como Citar

dos Santos Albuquerque, M. A. (2019). As ima[r]gens Pankararu: campo e contracampo na pesquisa em etnicidade. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 21(2). https://doi.org/10.12957/irei.2019.44209