Os Limites do “Humano”: Restos humanos em um laboratório de genética forense

Autores

  • Claudia Fonseca Professora titular do Progama de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Rodrigo Grazinoli Garrido Perito Criminal - Diretor do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) / Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ); Professor Adjunto da Faculdade Nacional de Direito (FND) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do PPGD - Mestrado em Direito da Universidade Católica de Petrópolis (UCP).

DOI:

https://doi.org/10.12957/irei.2018.35933

Palavras-chave:

Antropologia da ciência. Materialidade relacional. Perícia. Restos humanos.

Resumo

Nesse artigo, tomando como universo empírico um laboratório de genética forense, seguimos a trajetória dos pequenos pedaços de tecido tirados cirurgicamente de cadáveres humanos para estabelecer um perfil de DNA. Observamos que transformar tecidos já testados em material descartável, de forma a liberar o espaço físico para novas amostras, requer um investimento de energia institucional, envolvendo saúde pública, tribunais criminais e cemitérios públicos. Ao longo do percurso, o material corporal se mostra um ator dinâmica que, no âmbito das mediações técnicas da atividade pericial, realiza uma complexa coreografia, tocando em questões quanto aos limites do que é considerado “humano”. Avançamos a hipótese de que, apesar das diferentes operações cunhadas para objetificar o material humano, transformando-o em resíduo descartável, os corpos acabam voltando para “assombrar” a produção científica de provas.

Palavras-chave: Antropologia da ciência. Materialidade relacional. Perícia. Restos humanos.

Biografia do Autor

Claudia Fonseca, Professora titular do Progama de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Professora titular do Progama de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Rodrigo Grazinoli Garrido, Perito Criminal - Diretor do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) / Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ); Professor Adjunto da Faculdade Nacional de Direito (FND) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do PPGD - Mestrado em Direito da Universidade Católica de Petrópolis (UCP).

Perito Criminal - Diretor do Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF) / Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ); Professor Adjunto da Faculdade Nacional de Direito (FND) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do PPGD - Mestrado em Direito da Universidade Católica de Petrópolis (UCP).

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Publicado

2018-07-13

Como Citar

Fonseca, C., & Garrido, R. G. (2018). Os Limites do “Humano”: Restos humanos em um laboratório de genética forense. Interseções: Revista De Estudos Interdisciplinares, 20(1). https://doi.org/10.12957/irei.2018.35933

Edição

Seção

Dossiê Vestígios, Restos e Substratos Corporais Humanos em Seus Diversos Agenciamentos