Natureza e Cultura: Sentidos da diversidade
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2018.35915Palavras-chave:
Natureza. Cultura. Diversidade. Cosmologia. Animal.Resumo
É bem conhecido o fato de que a antropologia, em suas vertentes clássicas, se caracteriza por estabelecer uma grande divisão entre natureza e cultura, a qual inclui a demarcação de diversas oposições complementares: corpo e alma, ambiente e civilização, fato e valor, animal e humano, entre outras. O ponto de partida para a discussão aqui proposta é refletir sobre esse grande divisor, investigando alguns dos limites e desdobramentos dos conceitos de “cultura” e de “natureza” no campo da antropologia contemporânea. O objetivo é mostrar como esse par conceitual tem sido sistematicamente colocado à prova tanto a partir do contato com a alteridade radical do pensamento de povos não ocidentais quanto nos chamados estudos da ciência e da tecnologia, que ao longo das últimas décadas se desdobraram em abordagens inovadoras da política, da economia, ou seja, das grandes instituições da modernidade ocidental. Em relação ao conceito de cultura, objeto por definição da própria disciplina antropológica, a referência aqui é principalmente a sua retomada crítica a partir dos anos 1970. No que se refere ao seu par, o conceito de natureza, evoco uma problemática mais recente, em que o que se coloca em questão é a ideia mesma da natureza como uma unidade exterior e transcendente, um domínio independente do humano. A questão se desdobra em duas: (1) uma reflexão sobre as relações entre humanos e animais, problematizando a atribuição prematura do campo da moral a uma dimensão estritamente humana, e (2) um questionamento do papel da natureza nas ciências, em diálogo com saberes indígenas ou tradicionais.
Palavras-chave: Natureza. Cultura. Diversidade. Cosmologia. Animal.
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