Os Mercados e os Dilemas da Autenticidade. Uma análise do Mercado Central de Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.12957/irei.2017.32020Resumo
Nas últimas décadas, os mercados de abastecimento, presentes em muitas grandes cidades brasileiras, passaram por uma crise e uma nova significação, em função da concorrência com as recentes formas de comércio a varejo. Vários foram fechados, e outros conseguiram sobreviver a partir da narrativa de lugar autêntico e do seu reconhecimento como patrimônio e atração turística. Este artigo propõe discutir essas novas representações dos mercados, assim como os seus dilemas a partir de um caso ocorrido no Mercado Central de Belo Horizonte. Criado em 1929 e situado na área central da cidade, em 2007, o Mercado ocupou as esferas públicas de discussão quando veio a público o fato de que uma antiga loja de alimentos a granel, fechada por decisão de seus proprietários, seria substituída por outra de uma grande rede de eletroeletrônicos.Com base nesse episódio discutem-se as dimensões patrimoniais e turísticas dos atuais mercados ancoradas no discurso da autenticidade. Para tanto, ele se estrutura em três partes. Uma primeira analisa a construção de uma narrativa de autenticidade em torno de bens urbanos, a segunda situa historicamente o Mercado Central, e a última analisa a polêmica desencadeada a partir do fechamento e substituição de uma das suas lojas.
Palavras-chave: Mercado. Autenticidade. Patrimônio.
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