Análise das narrativas de uma preceptora alemã sobre a educação brasileira

Autores

  • Ana Maria Antunes de Campos Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - Concluído em 2018. Doutoranda em Educação Matemática - PUC-SP - início em 2019. https://orcid.org/0000-0003-4276-5776

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2020.38993

Palavras-chave:

História da Educação, Ina Von Binzer, Literatura

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância dos textos literários para análise da História da Educação. Para isto, foi analisado o livro “Os meus romanos” da autora Ina Von Binzer, com vistas a compreender a educação no período de 1881 a 1884, momento em que a autora atua como preceptora em casas de famílias brasileiras. Binzer escreve diversas cartas e as envia à Grete, revelando os diferentes pontos de vistas de uma imigrante recém-chegada ao Brasil, o que permite ao leitor uma reflexão sobre escravidão, política, economia, cultura e educação em uma época de grandes mudanças no país. Isto posto, por meio deste texto busca-se compreender como as fontes literárias se tornam objeto de investigação para a organização e constituição da história.

 

Biografia do Autor

Ana Maria Antunes de Campos, Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - Concluído em 2018. Doutoranda em Educação Matemática - PUC-SP - início em 2019.

Doutoranda em Educação Matemática - PUC-SP (2019). Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Neuropsicopedagoga, Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Ensino Lúdico, Pós Graduada em Didática e Tendências Pedagógicas. Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade de Guarulhos (2007). Tem experiência na área de Educacional, com ênfase em Ensino e Aprendizagem na Sala de Aula, Formação de Educadores.

Referências

ALBERTI, Verena (1991). Literatura e Autobiografia: a questão do sujeito na narrativa.

Estudos Históricos. Rio de Janeiro, vol. 4, n.7.

ALMEIDA, Jane Soares (2006). Vestígios para uma reinterpretação do magistério feminino em Portugal e no Brasil a partir do século XIX. In: SOUZA, R. F. de; VALDEMARIN, V. T; ALMEIDA, J. S de. O legado educacional do século XIX. Araraquara: UNESP.

BINZER, Ina Von (1991). Os meus romanos: alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

BOSI, Ecléa (1994). Memória e Sociedade: Lembrança dos Velhos. São Paulo: Companhia das Letras.

GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira (2000). Negros e educação no Brasil. In: LOPES,

E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (orgs.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, p. 95-134.

HOBSBAWM, Eric, J. (1990). A Outra História – algumas reflexões. In. KRANTZ, Frederick. (org.) A Outra História. Ideologia e protesto popular nos séculos XVII e XIX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

LEUJENE, Philippe (2008) (org. Jovita Maria Gerheim). O pacto Autobiográfico, O Pacto Autobiográfico (Bis), Autobiografia e ficção. In:LEUJENE, Philippe. O Pacto Autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: Ed. UFMG.

MONARCHA, Carlos (1999). Escola Normal da Praça: o lado noturno das luzes. Campinas, SP: Editora da Unicamp.

MORAES, C. S. V. (2006). O ideário republicano e a educação. Campinas: Mercado de Letras.

MORTATTI, M. R. L. (2000). Os sentidos da alfabetização. São Paulo (1876-1994).

São Paulo: Unesp.

PESAVENTO, Sandra (set. 2003). O mundo como texto: leituras da História e da Literatura. História da Educação, ASPHE/FAE/UFPEL, Pelotas, n. 14, p. 31-45.

SEVCENKO, Nicolau (1983). Literatura como missão, tensões sociais e criação cultural na primeira república. São Paulo: Brasiliense.

SOUZA, R. F. (1998). Templos de civilização: a implantação da escola primária graduada no Estado de São Paulo. São Paulo: UNESP.

SOUZA, R. F. de; VALDEMARIN, V. T; ALMEIDA, J. S de. (2006). O legado educacional do século XIX. Araraquara: UNESP.

RITZKAT, Marly Gonçalves Bicalho (2000). Preceptoras alemãs no Brasil. In: LOPES,

E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (orgs.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, p. 95-134.

VALDEMARIN, V. T. (2004). Estudando as Lições de Coisas: análise dos fundamentos filosóficos do método de ensino intuitivo. Campinas: Autores Associados.

VIÑAO, Antônio (2004). Relatos e relações autobiográficas de professores e mestres. In. MENEZES, Maria Cristina (org.) Educação, memória, história. Campinas, SP: Mercado das Letras.

Downloads

Publicado

2020-07-17

Como Citar

de Campos, A. M. A. (2020). Análise das narrativas de uma preceptora alemã sobre a educação brasileira. Intellèctus, 19(1), 410–423. https://doi.org/10.12957/intellectus.2020.38993