Outros diálogos com Varnhagen: Histórias Gerais do Brasil e a estrutura narrativa oitocentista

Autores

  • Jorge Pais de Sousa

Palavras-chave:

República | Democracia, Ditadura, Literatura de memórias de guerra

Resumo

O objectivo deste artigo é analisar o comportamento, político e cívico, do historiador Jaime Cortesão que, a partir do exílio, renovou à época a História dos Descobrimentos e da Formação do Brasil. Numa trajectória de vida marcada pela articulação estreita emtre a intervenção política e a actividade intelectual. Do estudante grevista em 1907, ao deputado do PRP/Partido Democrático, de Afonso Costa, que combate na Flandres como capitão médico voluntário e do qual nos deixou um impressionante testemunho político nas Memórias da Grande Guerra (1916-1919). Livro que marca o seu afastamento da vida partidária e constitui, no conjunto da obra de Jaime Cortesão (1884-1960), um ponto de viragem que inaugura a fase historiográfica. Outro segmento de acção política abre com a nomeação como director da Biblioteca Nacional em 1919, cargo de que é exonerado por participar no movimento “Reviralhista” de 3 de Fevereiro de 1927, no Porto, e que foi esmagado pela Ditadura Militar de forma sangrenta. Parte para o exílio e torna-se numa das figuras mais destacadas da oposição republicana democrática ao Estado Novo de Salazar até ao fim da sua vida.

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Publicado

2011-12-01

Como Citar

Sousa, J. P. de. (2011). Outros diálogos com Varnhagen: Histórias Gerais do Brasil e a estrutura narrativa oitocentista. Intellèctus, 10(1). Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/intellectus/article/view/27691

Edição

Seção

Artigos Livres