RELAÇÕES DE PODER E PRODUÇÃO TERRITORIAL: as contingências da vida no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO)
Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.12957/geouerj.2014.6168
O objetivo dessa pesquisa foi compreender as relações de poder no Assentamento Olga Benário em Ipameri (GO), refletindo-se de que maneira essas relações produziram um território. Para seu desenvolvimento, adotaram-se os seguintes procedimentos metodológicos: a) pesquisa teórica; b) pesquisa documental e c) pesquisa de campo. Na pesquisa de campo, foram utilizadas as técnicas das entrevistas e da análise do discurso. O Assentamento Olga Benário formou-se em 2005, com a aquisição do imóvel rural Fazenda Ouro Verde/Santa Rosa pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Com a sua criação, 84 famílias foram assentadas, sendo todas, na época, membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Antes de haver o parcelamento das terras, surgiram propostas para a organização socioespacial coletiva. Grande parte das famílias rejeitou a proposta, apenas seis decidiram formar o Coletivo Margarida Alves. Com o arrendamento das terras desse grupo coletivo para cultivo de soja, parcela significativa das famílias (50 no total, que permaneciam vinculadas ao MST) desvinculou-se do Movimento e fundou a Associação dos Pequenos Produtores do Assentamento Olga Benário (ASPRAOB). Além disso, destacam-se outros elementos que contribuíram para o exercício das relações de poder nesse assentamento: as trajetórias espaciais das famílias assentadas, o período de vida nos acampamentos do MST e a influência de valores religiosos.
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