REPRESENTAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO A PARTIR DA REALIDADE AUMENTADA: O uso da caixa de areia no ensino de geografia física

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/geouerj.2022.56278

Palavras-chave:

Prática de Ensino, Sandbox, Mapas, Geomorfologia.

Resumo

O objetivo deste artigo é mostrar como que o uso da sandbox, auxiliada por produtos cartográficos, pode contribuir para o ensino da geografia física como uma ferramenta pedagógica. Para tal, considerou-se a representação das formas de relevo como ponto de partida para a compreensão dos fenômenos e processos geológicos, geomorfológicos e climatobotânicos em diferentes escalas, ratificando a importância da análise espacial a partir dos domínios morfoclimáticos proposto por Ab’Saber (1967, 2003). A metodologia utilizada segue a classificação de relevo proposta por Ross (2008), que apresenta seis níveis taxonômicos a partir da planialtimetria do relevo e que foi representada a partir de diferentes linguagens cartográficas, como mapas temáticos, perfis topográficos, MDTs, fotografias, e, por fim, o uso da sandbox para a representação dessas formas, contextualizadas em diferentes escalas.  Os resultados foram satisfatórios, de modo que foi possível representar cinco dos seis níveis taxonômicos na sandbox, pelos os alunos do ensino médio. A pesquisa concluiu que os alunos mostraram maior facilidade e interesse nos conteúdos abordados, quando estes foram apresentados a partir da sandbox, em relação aos mapeamentos temáticos previamente apresentados. Por outro lado, salientaram que sem a introdução/apresentação dos mapas, perfis topográficos e fotografias não seria possível a compreensão de todas as formas de relevo e sua relação com as questões socioambientais relacionadas ao domínio de mares de morros.

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Biografia do Autor

Raphael Rodrigues Brizzi, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ

Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2013), mestrado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro com ênfase em Gestão e Estruturação do Espaço Geográfico (2015). É Professor EBTT do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) do Campus Arraial do Cabo e coordenador do Laboratório de Ciências Ambientais (LabCAM). Atua na Pós-Graduação de Ciências Ambientais em Áreas Costeiras e nos cursos técnicos em Meio Ambiente e Informática. Possui experiência nas seguintes linhas de pesquisa: Evolução das interações pedogeomorfológicas; Manejo de bacias hidrográficas; físico-química de solo; erosão, degradação, geoprocessamento e prática de ensino em Geografia.

Francisco Carlos Moreira Gomes, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2018). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas:Geografia, análise ambiental, Cartografia Histórica, análise espacial. Possui noções de carpintaria, marcenaria, mecânica e desenvolvimento de aplicações relacionadas ao grande campo das Ciências da Terra.

Rodrigo Batista Lobato, Universidade Federal Fluminense - UFF.

Pós doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Educação na Universidade Federal Fluminense. Doutor pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2020), inserido no Laboratório de Cartografia (GEOCART UFRJ); Mestre em Engenharia Cartográfica pelo Programa de Pós Graduação do Instituto Militar de Engenharia (2014); Geógrafo do magistério pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). Atualmente é Professor no IFF/RJ atuando no magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT); mediador à distância de Geomorfologia Continental do CEDERJ/UERJ; Coordenador do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Veiga de Almeida, atuando também como docente das disciplinas Cartografia Básica e Temática; Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto; Cartografia Cultural; Geografia Cultural; Prática e Pesquisa em Geografia, além de ser responsável pelo grupo de estudo PANGEA. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: História do Pensamento Cartográfico Escolar; Cartografia no Ensino de Geografia; Multiletramentos na Cartografia; Práticas de Letramentos na Cartografia; Cartografia Aplicada as Análises Ambientais. Recentemente se tornou o Coordenador do Pibid do curso de Geografia na Universidade Veiga de Almeida.

Andréa Paula de Souza, Faculdade de Educação da Baixada Fluminense - FEBF/UERJ.

Possui bacharelado e licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pós-Graduação em Geografia pelo PPGEO/UFRJ. Chefiou, coordenou e atualmente é docente do curso de Licenciatura em Geografia da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense/Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi membro do colegiado de licenciatura, é consultora do programa de extensão e do programa de estágios e bolsas da UERJ. É coordenadora do Laboratório de Geografia Física, Estudos Ambientais e Práticas de Ensino (LabGeoFEAPE) e de projetos de Extensão, Monitoria, Iniciação à Docência, Estágio Interno. É pesquisadora da linha Estudo da Dinâmica e Qualidade Ambiental da Baixada Fluminense, membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos do Espaço da Baixada Fluminense (NIESBF). Atuou como docente nos cursos de Geografia da Faculdade de Formação de Professores – UERJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica, nos cursos de Gestão Ambiental da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geociências: geografia física e meio ambiente, pedologia, geologia, hidrologia, geomorfologia, desenvolvimento de práticas de ensino e material didático em geografia física.

Alexander Josef Sá Tobias da Costa, universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

Possui graduação em Geografia - Licenciatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1990) e Bacharelado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1989); é Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995) e Doutor em Ambiente e Sociedade, pelo IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente é professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) - biênios 2017-2019 e 2019-2021. Atualmente, é editor da Humboldt - Revista de Geografia Física e Meio Ambiente, periódico publicado pela EDUERJ, Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meio Ambiente, Hidrogeografia e Ensino de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Água e Meio Urbano; Ambiente e Sociedade; Geografia do Rio de Janeiro; Mapeamentos Temáticos em Meio Ambiente e Sociedade; e Prática de Ensino de Geografia.

Kelly Souza Costa, Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - CAP/UERJ.

Possui licenciatura e bacharelado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002) e mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Educação Básica pelo Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2018), com ênfase no estudo e desenvolvimento de práticas aplicadas ao ensino de Geografia para a Educação Básica. Atualmente leciona no ensino médio dos colégios Cruzeiro (unidade Centro) e Santo Agostinho (unidade Novo Leblon).

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Publicado

2022-08-20

Como Citar

Brizzi, R. R., Gomes, F. C. M., Lobato, R. B., Souza, A. P. de, Costa, A. J. S. T. da, & Costa, K. S. (2022). REPRESENTAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO A PARTIR DA REALIDADE AUMENTADA: O uso da caixa de areia no ensino de geografia física. Geo UERJ, (41), e56278. https://doi.org/10.12957/geouerj.2022.56278

Edição

Seção

Artigos