DISFARCES, ESCONDERIJOS E GEOSSIMBOLISMOS NA VENEZA AMERICANA: OS “CATIMBOLADOS” NO RECIFE (1937-1945)
DOI:
https://doi.org/10.12957/geouerj.2020.44404Palavras-chave:
xangôs, territorialidades, Catimbolândia, Veneza Americana, Recife, Estado Novo.Resumo
No regime de Estado Novo (1937-1945) no Brasil enalteceu-se o negro como elemento nacional. Contudo, frente à ameaça comunista, não se aceitara a formação de grupos sociais “diferentes” no Brasil. Em Pernambuco, o Interventor Agamenon Magalhães foi incisivo no combate às práticas afrorreligiosas, e, assim, aos xangôs da Catimbolândia, situados nos arredores do Recife, às margens do rio Beberibe, na divisa com Olinda. Neste período, a capital pernambucana mostrava-se um espaço disciplinar, imersa em reformas urbanas e na reeducação dos citadinos diante do novo, distanciando-se das marcas colonial-africanas de tempos passados. Desejava-se a materialização da Veneza Americana – branca, sã, católica e moderna. Malgrado a estrutura rígida de dominação, os negros dos terreiros não foram agentes passivos à repressão, buscaram assegurar suas casas e costumes fazendo uso de variadas estratégias de resistência, construindo suas territorialidades dentro e fora dos xangôs. Os “catimbolados” criaram múltiplos disfarces, esconderijos e geossimbolismos dentro dos terreiros e nos espaços públicos da Veneza Americana.
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