POLÍTICAS DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DE IDENTIDADE ÉTNICA NO SÉCULO XXI: PERSPECTIVAS DA ECOLOGIA POLÍTICA, DA HISTÓRIA AMBIENTAL E DA ONTOLOGIA RELACIONAL

Scott William Hoefle

Resumo


Num contexto global de polarização populista sobre questões ambientais e culturais, uma combinação das abordagens da Ecologia Política, da História Ambiental e da Ontologia Relacional é utilizada para explorar uma terceira via de transformação socioambiental situada entre os extremos da conservação biocêntrica e do desenvolvimento predatório: a conservação socioecológica. A Ecologia Política e a História Ambiental do século XXI mostram como a conservação biocêntica somente zela pela preservação natural e o desenvolvimento predatório favorece apenas alguns interesses econômicos específicos, de forma que ambos promovem ampla exclusão social. Em reação à injustiça ambiental e social, populações rurais históricas buscam formas de resistir ao cerceamento ambiental resultante da conservação biocêntrica global. A perspectiva relacional, por sua vez, permite entender melhor a complexidade e as contradições das estratégias de permanência no lugar que no país são baseadas em reservas de desenvolvimento sustentável e de territórios étnicos. A visão híbrida mesclando as três abordagens é ilustrada em dois casos empíricos, um na Amazônia no qual existe conflito por território entre indígenas e ribeirinhos e outro no Pantanal envolvendo cooperação entre os dois grupos étnicos.

 


Palavras-chave


Ecologia Política Crítica, História Ambiental Radical, Ontologia Relacional, conservação socioecológica, complexidade cultural híbrida, Amazônia, Pantanal.

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DOI: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2021.60694

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