A FAVELA E O SERTÃO NA FOTOGRAFIA DE MAURICIO HORA: A CONSTRUÇÃO DA UMA NARRATIVA DE PRESENÇA E LEGITIMIDADE

Autores

  • Júlia Santos Cossermelli de Andrade Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2019.48816

Palavras-chave:

Porto Maravilha, discurso contra-hegemônico, favela, fotografia

Resumo

Maurício Hora é um fotografo do morro. Nascido e criado na Favela da Providência, esse menino - que foi filho de traficantes da década de 1970 – se tornou uma importante liderança dos movimentos sociais da região portuária e um artista reconhecido não apenas na cena nacional. Seu trabalho vem ganhando cada dia mais espaço desde o momento que se inicia uma disputa simbólica das representações sobre o Rio e sobre a região onde se instalou o Porto Maravilha. Esse grande projeto urbano, que visou unicamente o incremento turístico e a revalorização do solo através de um conjunto de dispositivos urbanísticos da operação urbana, se insere justamente no território de intensa disputa dos grupos populares que sempre estiveram ali e que exigem a legitimidade de permanecerem; negros quilombolas, favelados, pobres. A obra de Hora ganha força de narrativa contra-hegemônica ao afirmar a presença destes outros sujeitos problematizando as propostas de políticas urbanas do governo do estado.

 

Biografia do Autor

Júlia Santos Cossermelli de Andrade, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Formada em geografia pela Universidade de São Paulo com mestrado em geografia humana. Fez doutorado em co-tutela USP/ Paris 1 Panthéon Sorbonne com tese sobre projetos urbanos de reabilitação de centros. Pós doutorado no Centro de Estudos da Metrópole CEM/CEBRAP (2009-2010) e no GEOPO – Laboratório de Geografia Política (2012) DG/USP. Hoje professora da UERJ Maracanã.

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Publicado

2019-12-11

Como Citar

de Andrade, J. S. C. (2019). A FAVELA E O SERTÃO NA FOTOGRAFIA DE MAURICIO HORA: A CONSTRUÇÃO DA UMA NARRATIVA DE PRESENÇA E LEGITIMIDADE. Espaço E Cultura, (46), 11–44. https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2019.48816

Edição

Seção

ARTIGOS