REDES MUSICAIS E (RE)COMPOSIÇÕES TERRITORIAIS NO PRATA: POR UMA GEOGRAFIA DA MÚSICA

Autores

  • Lucas Manassi Panitz Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2019.48531

Palavras-chave:

Geografia da Música, espaço platino, estética do frio, redes musicais

Resumo

Este artigo trata das relações entre as redes musicais no espaço platino e suas repercussões territoriais. A partir de um desenho de pesquisa multilocalizado, buscou-se entender como se deu o processo de formação de algumas das atuais redes musicais transfronteiriças entre Argentina, Brasil e Uruguai. Para isso, articulamos quatro eixos. O primeiro expõe um breve histórico da Geografia da Música. O segundo trata da presente construção teórica e metodológica da pesquisa. O terceiro eixo atenta para as represent[ações] geografizantes e territorializantes, valorizando tanto as representações do espaço quanto as práticas espaciais. O quarto eixo defende que as redes musicais em questão promovem uma [re]composição territorial da cultura no Prata, transculturando referenciais brasileiros e rioplatenses, tradicionais e contemporâneos, e idiomas e gêneros musicais. Nessa [re]composição, cidades como Porto Alegre, Pelotas, Buenos Aires e Montevidéu, apontam para uma rede de produção cultural colada a um imaginário geográfico transfronteiriço. Por fim, o autor chama a atenção para a compreensão das redes musicais como forma de desvelar outras integrações culturais, políticas e econômicas na América do Sul.

Biografia do Autor

Lucas Manassi Panitz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor Adjunto, Departamento Interdisciplinar, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Bolsa CAPES. E-mail: lucas.panitz@ufrgs.br. Geógrafo, mestre e doutor em Geografia pela UFRGS, com estágio-sanduíche na Université Bordeaux Michel de Montaigne e na Université Paris-Sorbonne. Tem experiência profissional em organização e análise de dados sócio-econômicos, cartografia temática aplicada ao desenvolvimento regional, além de pesquisas e projetos de extensão sobre redes no Mercosul, patrimônio, planejamento urbano participativo e mobilidade urbana. Possui os seguintes interesses de pesquisa: Geografia da Música; espacialidades da produção e da oferta cultural; representações do espaço nos produtos culturais; processos de integração sul-americana por meio da cultura; ciclomobilidade e mobilidade urbana sustentável; métodos qualitativos em pesquisa social. É vinculado ao Grupo de pesquisa, estudos e extensão em Geografia, Educação e Ambiente (SINERGEA/UFRGS) e ao Núcleo de Estudos Território e Resistência na Globalização (NUREG/UFF). Recebeu o Prêmio Maurício de Almeida Abreu 2011 de melhor dissertação conferida pela ANPEGE, e o Prêmio CAPES de Teses 2018 de melhor tese em Geografia.

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Publicado

2019-06-18

Como Citar

Panitz, L. M. (2019). REDES MUSICAIS E (RE)COMPOSIÇÕES TERRITORIAIS NO PRATA: POR UMA GEOGRAFIA DA MÚSICA. Espaço E Cultura, (45), 11–30. https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2019.48531

Edição

Seção

ARTIGOS