A PALAVRA MATA, O CORPO VIVIFICA: O PARADIGMA ECOLÓGICO DA COMUNICAÇÃO NA UMBANDA

Autores

  • JORGE MIKLOS Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Paulista - UNIP https://orcid.org/0000-0003-3371-7297
  • TATIANA PENNA MADEIRA Universidade Paulista - UNIP

DOI:

https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2018.46777

Palavras-chave:

Religião, Ritual, Umbanda, Ecologia da Comunicação

Resumo

A Umbanda resulta de uma fusão “fundamentada, alicerçada [...] nos ensinamentos cristãos, temperada com tudo o que é de positivo de outras filosofias e religiões” (Pai Juruá apud Trindade, 2014, p. 23), reunindo uma heterogeneidade cultural, expressa no universo simbólico desenhado e associado à criatividade do imaginário popular brasileiro. Boff (2009) sugere que a Umbanda sincretiza, de forma criativa, elementos de várias tradições religiosas de nosso país, evidenciando-se como uma religião profundamente ecológica, que devolve ao ser humano o sentido de reverência face às energias cósmicas. Neste sentido, o tema deste estudo volta-se para a compreensão dos fenômenos ecológicos da comunicação na Umbanda, considerando que “la comunicación tiene uma dimensión ecológica y ética” (ROMANO, 2004, p.145), servindo como um mecanismo de representatividade e ligação natural entre os seres humanos. Por sua premissa ecológica, a Umbanda se desenvolveu para além de um texto cultural escrito (livro sagrado), pautando seus ritos, cânticos, vestes, alimentos e saberes por meio da oralidade, da comunicação pelo corpo, o que vai ao encontro de Vicente Romano quando conceitua a ecologia da comunicação como expressão de formas comunicativas duradouras compatíveis com o ser humano, a sociedade, a cultura e o meio natural. Para investigar a questão, percorreremos caminhos metodológicos que, inicialmente, consistem no embasamento teórico, apoiado nos estudos a respeito: da antropologia da religião, com Sodré (1988) e Klein (2007); da Umbanda, com Ortiz (1999), Nogueira (2012) e Trindade (2014); da Semiótica da Cultura, com Bystrina (1995); da Teoria da Mídia, com Pross (1972); e da Ecologia da Comunicação, com Romano (2004).

Biografia do Autor

JORGE MIKLOS, Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Paulista - UNIP

Doutor em Comunicação pela PUC-SP. Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Paulista. Endereço Eletrônico: jorgemiklos@gmail.com

TATIANA PENNA MADEIRA, Universidade Paulista - UNIP

Mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Paulista. Endereço Eletrônico: tatisilpenna@gmail.com

 

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Publicado

2018-06-18

Como Citar

MIKLOS, J., & MADEIRA, T. P. (2018). A PALAVRA MATA, O CORPO VIVIFICA: O PARADIGMA ECOLÓGICO DA COMUNICAÇÃO NA UMBANDA. Espaço E Cultura, (43), 38–51. https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2018.46777

Edição

Seção

ARTIGOS