REINTERPRETAR SEMPRE E OS HORIZONTES DA HISTÓRIA

Autores

  • Pedro Geiger Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil.

Palavras-chave:

vocabulário e linguagem, “grandes narrativas”, Velho Testamento, arqueologia, encontro homo sapiens e homo Neanderthal

Resumo

Linguagem e vocabulário se modificam, elas acompanham as transições dos modos de produção. A maior compreensão dos desenvolvimentos históricos de tempos idos muito profundos se realiza através da re-interpretação dos conceitos de antigos vocábulos. Principalmente, quando estas re-interpretações podem ser alinhados com descobertas arqueológicas, seguindo o princípio de que “é o presente que explica o passado”. Neste trabalho é realizado um “estudo de caso”, tendo como objeto passagens escritas em Hebraico de uma “grande narrativa”, o Livro do Gênesis, suposto como sendo uma coletânea de memórias orais provenientes dos mais profundos tempos. Frases e termos aparentemente fantasiosos, ou misteriosos, aparecem na parte inicial de Gênesis, a exemplo das duas formas do nome de Deus em Hebraico, uma no singular, Jeová, e uma outra no plural, Ahelohim. Ou quanto a estórias, como a que se refere a Chanoch, que passeou com Deus e desaparecendo; a referente a uma época de início da invocação de Deus; a uma época de aparecimento de gigantes sobre a superfície terrestre; ao cruzamento de filhos de Deus com as filhas do homem; etc. Comparando-se estas afirmações com as mais recentes descobertas arqueológicas, é possível afirmar que elas nos falam da convivência de homens sapiens com os homens de Neanderthal e que durou por cerca de 10.000 anos. Aproximadamente, entre há cerca de 35.000 a 25.000 anos.  Conclui-se que, já há muito, o Velho Testamento vinha contando algo que ainda não era conhecido, o encontro sapiens/Neanderthal.  Se a Bíblia nos parece que “nem sempre tem razão”, por outro lado, ela pode “possuir razões que ainda não percebemos”.p

Biografia do Autor

Pedro Geiger, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Brasil.

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1943) e doutorado em Programa de Pós Graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1970). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Globalização, Redes, Inserção do Brasil no Mundo, Mercosul, Urbanização Brasileira.

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Como Citar

Geiger, P. (2015). REINTERPRETAR SEMPRE E OS HORIZONTES DA HISTÓRIA. Espaço E Cultura, (35), 75–88. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/espacoecultura/article/view/18906

Edição

Seção

ARTIGOS