Da incondicionalidade: universidade, ciências, filosofia
DOI:
https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2018.34350Resumo
O presente artigo tem como objetivo relacionar duas conferências tardias
realizadas por Jacques Derrida a respeito da universidade e das ciências. Num
primeiro momento, tratar-se-á de apresentar as linhas gerais de A universidade
sem condição, de 1998, na qual o autor propõe pensar a “profissão de professor”
a partir das questões da busca da verdade e da performatividade sob a égide
do conceito de “universidade sem condição” ou “incondicional”, visando a
constituição paradoxal de “novas Humanidades” que, no seio da universidade,
possam tanto pensar seus limites como a paradoxal questão do acontecimento.
Em seguida, serão apresentados elementos da conferência O “mundo” das luzes
por vir (exceção, cálculo, soberania), de 2002, na qual o autor busca pensar a
razão para além do que é caracterizado como projeto arquitetônico, sistemático
e teleológico da filosofia, que ameaçaria, assim como toda teleologia, as
racionalidades plurais das mais diversas ciências na medida em que condiciona
e impede o advento “impossível” do “acontecimento”.
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