O ingrato promotor do Oblivion e a boa madrasta: A memória da cidade de areias acerca de Monteiro Lobato

Autores

  • João Gabriel Rosa de Almeida

Resumo

O presente estudo tem como objetivo examinar a memória da cidade de Areias acerca do escritor Monteiro Lobato, localizado no Vale do Paraíba, em São Paulo, onde ele viveu, entre 1907-1911, na condição de promotor público. Destoante das lembranças oficialmente reconhecidas e aceitas pelos brasileiros, seus moradores partilham de uma memória densa elaborada em função de uma leitura distinta da coletânea Cidades Mortas (1919). A localidade havia servido de cenário para a criação das fantasiosas e soturnas cidades de Itaoca, Itapuce e Oblivion, nas quais transcorrem suas estórias. A obra retrata a decadência sócio-econômica do Vale do Paraíba quando da expansão do cultivo cafeeiro para outras regiões. Mas as denúncias de Monteiro Lobato em Cidades Mortas foram encaradas pelos areienses simplesmente como injúrias aos habitantes e ao município. Seja como for, nosso estudo oferece oportunidade aos moradores locais de relatarem suas lembranças do promotor Lobato revelando suas versões e inquietações, nos permitindo examinar as projeções, ocultações e esquecimentos do fenômeno da memória.

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Como Citar

Almeida, J. G. R. de. (2016). O ingrato promotor do Oblivion e a boa madrasta: A memória da cidade de areias acerca de Monteiro Lobato. Dia-Logos: Revista Discente Da Pós-Graduação Em História. Recuperado de https://www.e-publicacoes.uerj.br/dia-logos/article/view/23384

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Artigos Livres