VARIÁVEIS ASSOCIADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS NÃO SAUDÁVEIS POR CRIANÇAS DE 6 A 23 MESES DE IDADE DE UMA CIDADE DO INTERIOR DO PARANÁ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2019.43705

Palavras-chave:

Consumo de Alimentos, Alimentos Industrializados, Guias Alimentares, Lactente.

Resumo

Objetivo: Verificar variáveis associadas ao consumo de alimentos não saudáveis por crianças de 6-23 meses. Métodos: Estudo transversal realizado durante Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite 2012 em Guarapuava-PR. Os acompanhantes de 1.355 crianças responderam ao questionário estruturado sobre alimentação da criança no dia anterior à entrevista. Com base no Passo 8 dos “Dez passos para uma alimentação saudável - Guia alimentar para crianças menores de dois anos”, investigou-se o consumo de 10 alimentos não saudáveis e adotou-se a estatística F para verificar diferenças na proporção de consumo dos alimentos segundo variáveis socioeconômicas. Resultados: Crianças filhas de mães adolescentes (≤19 anos), quando comparadas às de mães adultas (20 a 34 anos e ≥ 35 anos), apresentaram consumo significativamente maior de bolacha recheada (40,9%, 28,5% e 22,1%), salgadinhos de pacote (41,4%, 31,2% e 21,4%) e alimento adoçado (78%, 70% e 65,4%), respectivamente. Crianças filhas de mães de baixa escolaridade materna (< 8 anos), quando comparadas aos demais níveis de escolaridade (8-11 anos e > 11 anos), apresentaram maior consumo de salgadinhos de pacote (42%, 31,2% e 11,3%), guloseimas (60,2%, 53,9% e 37,4%) e alimento adoçado (75,2%, 70,6% e 61,4%). Entre crianças filhas de mães que frequentaram o serviço público de saúde comparadas com as que frequentaram o serviço privado/convênio, foi maior o consumo de bolacha recheada (32,7% vs 21,3%), de salgadinhos de pacote (37,2% vs 19,8%), de café (41,9% vs 28,1%) e de alimento adoçado (72,6% vs 66,2%), respectivamente. Em crianças moradoras da área rural, quando comparadas à urbana, evidenciou-se maior consumo de suco industrializado (49,5% vs 42,5%), salgadinhos de pacote (39,6% vs 30,4%), guloseimas (68,2% vs 52,1%), café (46,6% vs 36,2%) e alimento adoçado (80% vs 69,5%). Conclusão: O consumo de alimentos não saudáveis foi maior entre crianças de mães adolescentes, com baixa escolaridade, frequentadoras do serviço público de saúde e residentes da área rural.

DOI: 10.12957/demetra.2019.43705

 

Biografia do Autor

Paula Chuproski Saldan, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Professora Doutora do Departamento de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava, Paraná, Brasil.

Débora Falleiros de Mello, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Professora Titular do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.

Publicado

2019-12-07

Como Citar

Saldan, P. C., & Mello, D. F. de. (2019). VARIÁVEIS ASSOCIADAS AO CONSUMO DE ALIMENTOS NÃO SAUDÁVEIS POR CRIANÇAS DE 6 A 23 MESES DE IDADE DE UMA CIDADE DO INTERIOR DO PARANÁ. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 14, e43705. https://doi.org/10.12957/demetra.2019.43705

Edição

Seção

ARTIGOS TEMÁTICOS "Aleitamento materno, alimentação complementar e saúde”