AS PEQUENAS BAILARINAS DO BABY CLASS: CONSTRUÇÕES DO FEMININO NO ENSINO DO BALÉ

Autores

  • Larissa Escarce Bento Wollz (NECTAR-UERJ) (CACS - FIOCRUZ).
  • Juliana Cecilio Cerqueira CACS - FIOCRUZ
  • Rita Flores Müller UFRJ - UNISUAM

DOI:

https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22504

Palavras-chave:

corpo, dança, gênero, feminino, masculino.

Resumo

A dança sempre esteve presente na história da humanidade. Na sua forma mais antiga, as danças sagradas foram vivenciadas em diversos rituais. O balé surge mais recentemente permeado de fantasia, romance e misticismo, influenciando a estética do corpo do bailarino e a construção do imaginário da figura da bailarina. O corpo torna-se então um lugar central da dança, seja pelo estudo e análise do movimento, pela beleza da dança ou pelo ideal de leveza e beleza que ele representa. O objetivo do presente artigo é delinear a produção do corpo no ensino do baby class, corpo este atravessado pela gramática binária do gênero na constituição de territórios/práticas femininas e masculinas. Para isso, faz um breve histórico do surgimento da dança e do balé, do clássico ao contemporâneo, para falar deste lugar do corpo na contemporaneidade, no qual a constituição/oposição dos gêneros se faz presente. Apesar de o balé clássico nos dias atuais ser rotulado como uma dança tipicamente/tradicionalmente feminina e os bailarinos serem em maioria mulheres, nem sempre foi assim. E mesmo hoje, em pleno século XXI, ainda há muito preconceito contra meninos que se interessam pela dança e, em especial, pelo balé nas turmas de baby class, demostrando o conservadorismo existente e como os estereótipos de gênero são continuamente reforçados e naturalizados, ajudando então na manutenção do pensamento conservador.

DOI: 10.12957/demetra.2016.22504

 

 

Biografia do Autor

Larissa Escarce Bento Wollz, (NECTAR-UERJ) (CACS - FIOCRUZ).

Psicóloga, Doutora em Ciências da Saúde (UERJ). Pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Cultura e Alimentação (NECTAR-UERJ), professora da Universidade Augusto Motta (Unisuam) e do Curso de Especialização em Ciência, Arte e Cultura na Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (CACS - FIOCRUZ.

Juliana Cecilio Cerqueira, CACS - FIOCRUZ

Licenciatura em Dança, aluna do CACS - Curso de Especialização em Ciência, Arte e Cultura na Saúde do Instituto Oswaldo Cruz – FIOCRUZ.

Rita Flores Müller, UFRJ - UNISUAM

Psicóloga, Pós-doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ). Pesquisadora do grupo Epos: juventudes, subjetivações e violências (IMS/UERJ). Professora do Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam/RJ).

Publicado

2016-08-23

Como Citar

Wollz, L. E. B., Cerqueira, J. C., & Müller, R. F. (2016). AS PEQUENAS BAILARINAS DO BABY CLASS: CONSTRUÇÕES DO FEMININO NO ENSINO DO BALÉ. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 11(3), 745–762. https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22504