PERCEPÇÃO MATERNA DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS EM ESCOLAS PÚBLICAS DE PORTO ALEGRE-RS
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2016.18029Palavras-chave:
Obesidade Infantil, Percepção, Imagem Corporal, Estado Nutricional, Saúde Escolar, Distorção da Percepção.Resumo
Objetivo: Avaliar a percepção materna do estado nutricional de crianças de escolas municipais de ensino fundamental de Porto Alegre-RS. Metodologia: Estudo transversal, realizado no início do primeiro semestre letivo de 2013, com 495 escolares de ambos os sexos, matriculados do primeiro ao quarto ano, do ensino fundamental de 12 escolas municipais da cidade de Porto Alegre-RS, e suas respectivas mães. A concordância entre o estado nutricional das crianças e a percepção materna sobre o mesmo foi avaliada através do teste de Kappa ponderado. O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação entre a percepção materna do estado nutricional da criança por sexo, estado nutricional da mãe e estado nutricional da criança. As análises foram consideradas significativas quando o valor de P encontrado era ≤0,05. Resultados: Quanto ao estado nutricional, 0,2% das crianças apresentaram baixo-peso; 61,0%, eutrofia e 38,4%, excesso de peso. Uma parcela de 51,6% das crianças com excesso de peso teve seu estado nutricional subestimado por suas mães (Kappa = 0,36; P < 0,001), sendo 59,1% entre os meninos e 44,3% entre as meninas (Kappa = 0,27; P < 0,001). Conclusão: A percepção materna distorcida do estado nutricional do filho pode prejudicar a adoção de estilo de vida mais saudável e resultar no desenvolvimento de doenças crônicas. Estratégias de saúde pública focadas no entendimento do excesso de peso como um problema de saúde e na importância do ambiente familiar são o primeiro passo no esforço para prevenir a obesidade.
DOI: 10.12957/demetra.2016.18029
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