¿PRODUCCIÓN DE ALIMENTO O CULTIVARES DE LA VIDA? OBSERVACIONES SOBRE LA ACCIÓN Y LA CONTEMPLACIÓN GUARANÍ EN SUS CULTIVOS AGRÍCOLAS
DOI:
https://doi.org/10.12957/demetra.2015.16059Palavras-chave:
cultura, sagrado, agricolaResumo
Este artículo presenta una etnografía producida entre los guaraníes contemporáneos de la parcialidad étnica mbya que residen en área indígena en el Estado de Paraná, procurando explotar cómo las actividades dirigidas a la producción de alimentos se unen profundamente en el pensamiento guaraní a los aspectos existenciales y a la relación con lo divino. El cultivo de plantas para la alimentación humana produce entre los guaraníes formas específicas de constitución y reproducción de su mundo social. Las acciones diarias implicadas en el crecimiento de los vegetales deben estar en equilibrio con las actitudes contemplativas posibilitando experimentar concomitantemente las dimensiones ordinaria y sagrada de la vida humana guaraní en la tierra. Así se puede considerar la agricultura manifestando una forma laboriosa de fabricación del interior, de la vida doméstica, pero también su fuerza en la actualización de las relaciones con el dominio exterior, el socius, expresando, a su modo, la dependencia al mundo guaraní de sus dioses. La producción vegetal estaría al mismo tiempo actualizando la condición guaraní y su descendencia de la divinidad, además de reproducir simultáneamente, en la morada de los dioses y aquí en la tierra, las plantas sagradas.
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