Terreno e arquitetura, uma simbiose entre o ser e o mundo

Autores

  • Daniela Muzi
  • Helena Klang
  • José Cláudio Castanheira

DOI:

https://doi.org/10.12957/contemporanea.2010.688

Palavras-chave:

Comunicação, Artes, Cultura

Resumo

Com interesse em elaborar uma geografia do imaginário, que era uma ambição de Gilbert Durand, reunimos nesta edição artigos apresentados no IX Fórum Temático Terreno e Arquitetura, uma simbiose entre o ser e o mundo, evento componente do XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário - Congresso Internacional, realizado em Recife, Pernambuco, em outubro de 2008.Iremos analisar formas arquiteturais que dialogam ou que se impõem ao meio ambiente, que se envolvem a favor ou se desenvolvem contra o terreno. Sabemos que o espaço construído revela muitas vezes a cultura e a sociedade que o criou. Percebemos em Lisboa, no bairro da Alfama por exemplo, a adaptaçãodos portugueses ao terreno, as construções acompanham as curvas do solo. A forma arquitetural está em harmonia com as curvas do nosso planeta. Como oposição, poderíamos citar a arquitetura espanhola que veio se instalar contra a arquitetura e a cultura Maia. Os primeiros se envolvem em harmonia com o terreno, enquanto que os outros desenvolvem um lugar contra, contra a natureza. Não somente cada cultura reage de maneira diferente frente ao terreno, mas também cada época valoriza mais ou menos o meio ambiente, isto também faz parte do espírito do tempo. Os modernos, para citar somente um exemplo, procuravam o progresso industrial, a arquitetura respondia a um futuro melhor e desconhecido. Hoje, com o progresso tecnológico e a facilidadede comunicação e de viagem, a arquitetura perdeu sua dimensão universal, visionária e futurista para responder com sensibilidade a cada programa e a cada terreno, valorizando assim o tocar, o local, o presente.

Downloads

Publicado

2010-07-15

Edição

Seção

Apresentação