A candangagem despencou-se e perdeu as origens: ô, copacabana!

Autores

  • Ana Maria Esteves FFSD

DOI:

https://doi.org/10.12957/contemporanea.2006.17577

Palavras-chave:

Copacabana, conflitos, ruínas

Resumo

Falar de Copacabana sem a idealização costumeira: esta é a proposta de João Antônio em Ô, Copacabana! (ANTONIO, 2001). A “princesinha do mar” será apresentada com seus conflitos humanos, longe do colorido superficial a que foi submetida em tantos discursos. Isso já nos é revelado no título da obra, em que a interjeição “ó”, característica de exaltação, é substituída por “ô”, expressão de lamento. Ao referir-se à paisagem, o narrador apresenta-nos um cenário em ruínas:
De uma carência não pode esta cidade de São Sebastião reclamar. Há buracos e topadas às pampas. Buracos e mais buracos atendendo a toda variedade de neuroses. Um mapa dos buracos do Rio de Janeiro poderia se prestar como uma espécie de cartografia carrancuda da nossa civilização. (ANTONIO, 2001,p.91).

Biografia do Autor

Ana Maria Esteves, FFSD

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