Do abjeto ao divino: uma leitura do conto "Copromancia"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/concinnitas.2020.56019

Resumo

Ao observar suas fezes, o narrador-personagem do conto “Copromancia”, de Rubem Fonseca, percebe nelas um tipo de simbologia. Com o tempo, desenvolve um método de análise dos excrementos que lhe permite prever o futuro. Antes associadas ao nojo, as fezes assumem, para o narrador, uma dimensão sa- grada. A abjeção se transforma em transcendência. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar o conto, explicitando como se dá esta transformação. Para tanto, inicialmente, apresentaremos uma discussão sobre nojo e abjeção, com foco em Santos (2007), Kristeva (1982) e Miller (1997). Em seguida, abordaremos a questão da relação entre corpo, exterioridade, interioridade, divindade e sentimento de si (VIGARELLO, 2016; FAGUNDES, 2016), para, finalmente, nos debruçarmos sobre “Copromancia”.

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Publicado

2021-01-07

Como Citar

Fortuna, D. R., Champangnatte, D. M. de O., & Lima, J. de C. P. (2021). Do abjeto ao divino: uma leitura do conto "Copromancia". Revista Concinnitas, 21(39), 9–25. https://doi.org/10.12957/concinnitas.2020.56019