ADIPOSIDADE CENTRAL E COMPONENTES METABÓLICOS NA INFÂNCIA

Cecília Noronha de Miranda Carvalho, Cecília Lacroix de Oliveira, Claudia dos Santos Cople Rodrigues

Resumo


O excesso de gordura corporal nunca foi tão estudado em suas implicações para a saúde do ser humano. Os trabalhos científicos que se restringiam à população adulta emergem nas publicações realizadas com crianças e adolescentes numa velocidade muito grande, dada a crescente preocupação com as conseqüências da obesidade nessa faixa etária. As taxas de sobrepeso e obesidade na população pediátrica nacional podem variar de 15 a 35%, na média. Mas é realmente a camada lipídica na região intra-abdominal que confere risco maior para as alterações metabólicas que podem culminar em doenças cardiovasculares ou o diabetes mellitus tipo 2. Na década passada o Bogalusa Heart Study demonstrou que a distribuição de gordura abdominal em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos associava-se positivamente com concentrações plasmáticas anormais de triglicerídeos, lipoproteína de baixa densidade, lipoproteína de alta densidade, colesterol e insulina. A associação da obesidade com a intolerância à glicose, a hiperinsulinemia, os níveis plasmáticos elevados dos triglicerídeos e reduzidos do HDL-c e a hipertensão arterial foi denominada de síndrome metabólica. A educação nutricional em escolas e na comunidade e as intervenções em atividade física devem ser implementadas por longos períodos para garantir um maior sucesso.


Palavras-chave


Obesidade. Criança. Adolescente. Adiposidade Central.

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