HIPERNARRATIVAS E A CONSTRUÇÃO DE MUNDOS INSÓLITOS

Conteúdo do artigo principal

Resumo

Em 2006, o pesquisador de mídias Henry Jenkins, lançava o livro Cultura da convergência, em que analisava as novas dinâmicas de circulação da informação diante da multiplicação dos aparelhos digitais e sua interrelação através da internet. Dentre suas reflexões, Jenkins se dedica a observar como Matrix, das irmãs Wachowski, ao construir um mundo cujo funcionamento só é plenamente compreensível através de um estudo das diversas obras que o compõem – filmes, animações, quadrinhos e jogos –, aponta para uma nova forma de pensar a narrativa, uma forma transmidiática. Por narrativa transmidiática, então, Jenkins aponta esse universo ficcional cuja estrutura depende de uma articulação entre todas as diferentes narrativas ambientadas nele. A partir desse conceito, buscamos refletir sobre o funcionamento dessas hipernarrativas construídas de forma transmidiática através da análise de alguns de seus casos mais populares e que mudanças ocorrem nos quinze anos que nos separam da publicação de Jenkins, observando algumas das tendências contemporâneas nesse campo.

Detalhes do artigo

Como Citar
Sasse, P. (2022). HIPERNARRATIVAS E A CONSTRUÇÃO DE MUNDOS INSÓLITOS. Abusões, 17(17). https://doi.org/10.12957/abusoes.2022.60923
Seção
Tendências do insólito ficcional na terceira década do Século XXI
Biografia do Autor

Pedro Sasse, UERJ-FFP

Pedro Sasse faz estágio pós-doutoral na Universidade Federal Fluminense. É doutor em Estudos de Literatura (UFF, 2019) e mestre em Teoria da Literatura e Literatura Comparada (UERJ, 2016). Pesquisador nos seguintes grupos de pesquisa (CNPQ): “Estudos do Gótico”, “Interferências: Literatura e Ciência” e “Escritos Suspeitos”. Organizador de Distopia e monstruosidade (Dialogarts, 2020). Pesquisas centradas em terror, narrativas criminais e ficção distópica e pós-apocalíptica.