A RECEPÇÃO DE E.T.A. HOFFMANN NA FRANÇA

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Maria Cristina Batalha

Resumo

A descoberta de E.T.A. Hoffmann provocou uma fermentação entre os franceses nos anos de 1828 até mais ou menos 1840. A partir das traduções francesas de contos do autor alemão um debate se desencadeia através da imprensa, despertando interesse pelo novo modelo literário, vulgarizando o termo "fantástico" e servindo de emulação para diversos autores. Seus contos trazem um fermento novo para o romantismo francês.  A difusão das obras traduzidas de Hoffmann ultrapassa os limites de um acontecimento literário para esboçar a trajetória de um mito construído por seus divulgadores e pelos artistas que nele vão buscar sua inspiração.

Detalhes do artigo

Como Citar
Batalha, M. C. (2022). A RECEPÇÃO DE E.T.A. HOFFMANN NA FRANÇA. Abusões, 18(18). https://doi.org/10.12957/abusoes.2022.60221
Seção
Bicentenário de morte de E. T. A. Hoffmann (1822 – 2022)
Biografia do Autor

Maria Cristina Batalha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Literatura Comparada, pela UFF, em 2003. Profa. Associada do Instituto de Letras da UERJ. Bolsista de produtividade do CNPq. Bolsista do programa Prociência da UERJ/FAPERJ. Membro associado do CREPAL (Centre de Recherche sur les Pays Lusophones) da Universidade de Paris 3, Sorbonne-Nouvelle. Pós-doutorado de 2007 a 2008 e em 2015 a 2016, no CREPAL, da Iniversité Sorbonne-Nouvelle, Paris 3, com bolsa da CAPES. Membro do GR.Pesq " Nós do Insólito: vertentes da ficção, da teoria e da crítica", vinculado à ANPOLL, e do Projeto "Vertentes do Insólito Ficcional", vinculado ao CNPq. Livros publicados: O fantástico brasileiro: contos esquecidos, pela editora Caetés, 2011; Nelson Rodrigues, persona, pela EDUERJ, em 2013. Vários aritgos e capítulos de livro, publicados no Brasil e no exterior. Organizadora de eventos acadêmicos e de obras coletivas. Projeto em desenvolvimento na UERJ, inscrito na SR2, "Literatura menor, literatura maior (II)", com financiamento FAPERJ. Este projeto tem por proposta  estudar algumas manifestações literárias consideradas pela crítica como "menores", sobretudo no espaço das literaturas francesa, brasileira e portuguesa, no período identificado como “ultra-romântico”, onde viceja a chamada literatura  "frenética “ e também as demais manifestações da chamada literatura menor no espaço das literaturas africanas de língua portuguesa e francesa. o projeto "Escritores menores: seu legado e contribuição para o arquivo literário", com bolsa do CNPq, a iniciar-se em março de 2017, tem como objetivo principal estudar os autores considerados “menores" pela historiografia literária e os espaços de visibilidade/invisibilidade a eles reservados nos séculos XIX e início do XX,  nos contextos do Brasil, França  e Portugal. Pela condição de "menores", também serão contemplados alguns escritores africanos de língua portuguesa e de língua francesa, dando, assim, sequência ao meu perfil de pesquisa anterior.