A MÚSICA ESPECTRAL E O RECIFE ASSOMBRADO: RELAÇÕES ENTRE A FICÇÃO, OS ITINERÁRIOS URBANOS E A PANDEMIA

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André de Sena Wanderley

Resumo

O presente artigo, pelo viés da sociocrítica, busca analisar as relações entre a música e os sons incidentais nas produções literárias e cinematográficas do estado de Pernambuco de ontem e de hoje, bem como na imersão de um city-tour que possui elos com o gênero performance e dialoga com essas mesmas produções, abordando-se também a temática da pandemia e, especialmente, a realidade hodierna sob a Covid-19. Dessarte, o insólito e o horror são abordados sob duas perspectivas: num viés comparativista (ficção autoral literária e cinematográfica pernambucana, que também dialoga com obras artísticas do passado, em âmbito universal) e sociocrítico, a partir de leituras de cunho sociológico e da imersão artística na própria realidade possibilitada pelo city-tour O Recife mal-assombrado. Nesta discussão, também se evidencia o signo da peste e da pandemia, outrossim, ditada por aportes insólitos/sobrenaturais.

Detalhes do artigo

Como Citar
Wanderley, A. de S. (2021). A MÚSICA ESPECTRAL E O RECIFE ASSOMBRADO: RELAÇÕES ENTRE A FICÇÃO, OS ITINERÁRIOS URBANOS E A PANDEMIA. Abusões, 15(15). https://doi.org/10.12957/abusoes.2021.56193
Seção
“Ficções e epidemias – paisagens, políticas e catástrofes”
Biografia do Autor

André de Sena Wanderley, UFPE

Doutor em letras pela Universidade Federal de Pernambuco, com estágio na Université Blaise Pascal de Clermont-Ferrand (França), com mestrado em letras (2002) pela
UFPB e graduação em jornalismo (1999) pela UEPB, tem experiência na área de literatura, teoria e crítica literárias, poética, literatura comparada, especializando-se na
literatura oitocentista brasileira e de outros países, com ênfase especial nas séries, gêneros, subgêneros e modalidades imaginativas (romantismo, ultrarromantismo,
literatura fantástica, gótica, de horror, narrativas de viagem, contos de fadas, modo simbolista etc.), mas também interessado e estudioso de literatura antiga (clássica),
medieval, renascentista, barroca e árcade. É o idealizador e líder do Belvidera - Núcleo de Estudos Oitocentistas (grupo de estudos fundado em 2011 no CNPq), do
Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco, onde ensina; membro-pesquisador dos grupos de estudo Vertentes do Fantástico (UNESP-SP), Núcleo de
Estudos sobre Gêneros (NIG-UFPE), Associação de Estudos Portugueses Jordão Emerenciano (UFPE, fundada em 1954, sendo seu atual presidente desde 2016), além de
autor/organizador de livros teóricos, ensaísticos e literários, e membro fundador do grupo/projeto de rock progressivo e literário Mar Assombrado.